Ibovespa sobe 0,76%, a 118 mil pontos, mas acumula perda de 2,59% na semana
O Ibovespa parecia a caminho da pior semana desde o intervalo entre os dias 22 e 26 de fevereiro, mas à tarde conseguiu recuperar e manter o nível de 118 mil pontos, cedido na última terça-feira, para fechar o dia em alta de 0,76%, limitando as perdas da semana a 2,59% – as quais, no […]
Arquivo –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
O Ibovespa parecia a caminho da pior semana desde o intervalo entre os dias 22 e 26 de fevereiro, mas à tarde conseguiu recuperar e manter o nível de 118 mil pontos, cedido na última terça-feira, para fechar o dia em alta de 0,76%, limitando as perdas da semana a 2,59% – as quais, no pior momento do período, rondavam 5%. Hoje, encerrou aos 118.052,77 pontos, entre mínima de 116.040,34 pontos – bem distante dos 114,8 mil vistos no dia anterior, menor marca desde 29 de março – e máxima de 118.307,96, saindo de abertura a 117.163,03 pontos Em dia de vencimento de opções sobre ações, o giro ficou em R$ 34,6 bilhões na sessão.
No ano, o índice da B3 ainda acumula perda de 0,81%, tendo virado para o negativo nesta semana, em que a baixa em agosto está agora em 3,08%, após o segundo recuo semanal consecutivo. Com o suporte proporcionado pelo dia positivo nos mercados acionários da Europa e dos Estados Unidos, que também acumularam perdas na semana assim como os da Ásia, a moderação da aversão a risco desde o exterior contribuiu para que o Ibovespa respirasse, voltando a olhar um pouco para o corporativo, contaminado recentemente pelos temores macro, sobre a política e o fiscal.
“Como dizia Benjamin Graham (autor do clássico ‘O Investidor Inteligente’), no curto prazo o mercado é como urna de votação, o resultado da opinião de diversas pessoas, mas, no longo prazo, o que conta é a balança onde os fatos são pesados”, diz Luiz Fernando Araújo, CEO da Finacap Investimentos. “Temos ainda muito ruído, que prejudica o desempenho, mas há fundamentos bons nas empresas, e também no macro, como a balança comercial. O mercado envia sinais às autoridades, especialmente pelo câmbio, que causa por um lado nível de desconforto, pela inflação. No curto prazo, o mercado estará mais inclinado às impressões do que aos fatos, preocupado especialmente com os precatórios, se resultarão em problema fiscal ou não”, acrescenta.
“Hoje, todos os ativos de risco reagiram bem, com o exterior: dólar e juros caindo, Bolsa subindo, terminando a semana com humor um pouquinho melhor do que quando começou, mas ainda com uma soma negativa. A semana foi ruim por uma série de fatores, entre os quais o avanço da variante Delta nos Estados Unidos, a tensão do início da semana pelo Afeganistão e, aqui, após a boa temporada de balanços, há sofrimento pelo teto de gastos, de que pode furar ou ser maquiado. Além das pesquisas que apontam favoritismo de Lula na eleição do ano que vem, o que pode levar Bolsonaro, acuado, a gastar mais”, observa Rodrigo Marcatti, CEO da Veedha Investimentos.
À tarde, houve sinal de que os investidores podem cultivar um pouco mais o olhar para o noticiário corporativo, em segundo plano recentemente, após temporada de balanços do segundo trimestre em geral positiva. “Aqui no Brasil, o Ibovespa passou a operar com leve alta, impulsionado principalmente pelas ações da Sabesp, que chegaram a subir mais de 15% após falas de Rodrigo Maia a respeito da privatização da empresa”, observa em nota a equipe de análise de Régis Chinchila, da Terra Investimentos.
Hoje, o governo de São Paulo divulgou nota em que esclarece que o agora secretário de Projetos e Ações Estratégicas, e ex-presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, que faz parte do Comitê de Desestatização, “irá acompanhar os estudos a serem contratados com o objetivo de analisar a Sabesp e apontar o futuro da empresa, considerando o novo marco do saneamento e a expansão dos seus serviços”.
“Outro destaque foi Paulo Guedes (ministro da Economia) sobre a reforma do IR, em que disse que ‘se for para taxar dividendos em 15% é melhor nem ter reforma do Imposto de Renda’, como resposta para reduzir alíquota de 20%”, acrescenta a Terra.
Em recuperação na sessão, o desempenho positivo de utilities (Cemig PN +2,55%) se sobrepôs ao ajuste de Petrobras, embora minimizado no fim da sessão (PN -0,15%, ON -0,04%), com o Brent agora a US$ 65 por barril, e ao desempenho ainda majoritariamente negativo de bancos (Bradesco PN -0,57%). Siderurgia teve desempenho ao final misto, com Vale ON mostrando alta de apenas 0,04% no fechamento e Usiminas PNA, de 0,12%. Na ponta do Ibovespa, destaque absoluto para Sabesp, em alta de 10,86%, à frente de Ecorodovias (+4,53%) e de Yduqs (+4,42%). Na face oposta, Natura cedeu 1,14%, à frente de Rumo (-0,77%) e de Minerva (-0,72%).
Notícias mais lidas agora
- ‘Tenho como provar’: nora vem a público e escreve carta aberta para sogra excluída de casamento em MS
- Adolescente é encontrada em estado de choque após ser agredida com socos e mordidas e pais são presos
- Homem incendeia casa com duas crianças dentro por disputa de terreno em MS: ‘Vou matar vocês’
- Mais água? Inmet renova alerta para chuvas de 100 milímetros em Mato Grosso do Sul
Últimas Notícias
Funcionário do Detran morre em hospital após acidente entre motos
Acidente foi entre duas motos, uma moto BMW e uma Honda Biz
PF realiza operação contra crimes de abuso sexual infantil em Campo Grande
Mandado de busca e apreensão foi cumprido em Campo Grande
Orçamento terá bloqueio em torno de R$ 5 bilhões, diz ministro
Número foi passado pela Casa Civil na reunião da Junta de Execução Orçamentária
Internacional vence o Vasco em São Januário e chega a 15 jogos de invencibilidade no Brasileiro
Vasco voltou a perder diante do seu torcedor em São Januário
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.