FAB suspende buscas por avião em Ubatuba; só corpo de piloto de Corumbá foi encontrado

O corumbaense Gustavo Carneiro foi a única vitima encontrada até o momento, familiares protestam decisão nas redes

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Gustavo Carneiro em aeronave
Gustavo Carneiro em aeronave

Foi suspensa no último final de semana operação da FBA (Força aérea brasileira) envolvendo o avião bimotor que caiu no mar, no dia 24 de novembro, em Ubatuba. Estavam a bordo o piloto Gustavo Carneiro, corumbaense que foi encontrado no mar um dia depois do acidente, o copiloto, José Porfírio de Brito Junior, e o empresário Sérgio Alves Dias Filho, que permanecem desaparecidos.

Foram dez dias de buscas. Nesse período, a força aérea relatou a realização de uma varredura nas possíveis áreas onde o avião caiu, “considerando-se a possibilidade de deslocamento em mar aberto”.

Segundo nota do comando, as aeronaves realizaram 74 horas de voo, cobrindo uma área total de 14,8 mil km².  Se caso forem encontrados novos indícios sobre a aeronave ou de seus ocupantes a operação de busca e salvamento poderá retornar.

Os familiares das outras duas vítimas desaparecidas não se conformam com a decisão e protestam nas redes sociais. “Queria pedir, por favor, que todos que tenham influência, poder e capacidade de persuasão nos ajudem a pedir, a implorar, interceder para que a Aeronáutica e a Marinha estendam as buscas e utilizem todos os recursos de que elas dispõem de fato nessas buscas. Enquanto família, enquanto cidadão brasileiro a minha sensação é de que meu direito de me despedir está sendo negado”, declarou Tatiana Fogaça, esposa do empresário Dias Filho.

Já a FBA declarou que as buscas aéreas desenvolveram padrões internacionais, com o uso de vários aviões, entre eles dois helicópteros e uma aeronave C-130 Hércules, o que ampliou consideravelmente a operação.

“Durante os 10 dias da operação, também foram verificadas a extensão ao longo do litoral e as ilhas próximas ao local da queda da aeronave. As ações foram realizadas, por vezes, com condições meteorológicas que, embora instáveis, não comprometeram as missões na área”, disse.

A marinha também reforçou que as buscas entraram em uma segunda fase, são remetidos avisos por rádio as embarcações e aeronaves civis e militares na região, caso sejam encontrados indícios das vítimas ou do avião bimotor, os barcos estarão em prontidão.

Outro navio hidroceanográfico Faroleiro Graça Aranha permanece realizando uma operação de levantamento hidrográfico e buscas sonar do leito marinho, visando detectar destroços da aeronave.

Entenda o caso

Um avião caiu no dia 24 de novembro por volta das 21h, em alto mar na região de Paraty, no Rio de Janeiro e Ubatuba Litoral de São Paulo. Estavam na aeronave três pessoas, dentre elas o piloto corumbaense Gustavo Calçado Carneiro, de 27 anos. Informações são de que a aeronave havia sofrido uma pane nos dois motores antes de cair no mar entre Ubatuba (SP) e Paraty (RJ). O corpo de Gustavo foi o único encontrado até o momento.

O voo partiu de Campinas-SP e pousaria no Aeroporto de Jacarepaguá-RJ. Bombeiros, Marinha e a Capitania dos Portos realizaram buscas do avião bimotor e das vítimas.

Um Boeing da empresa Gol que passava pela região teria recebido o alerta no rádio de comunicação e o seu comandante teria orientado como o piloto do bimotor deveria proceder no momento da avaria. O pai do copiloto teria recebido a localização do acidente. Foi nesse local que os militares encontraram uma poltrona e outros objetos que eles acreditam ser dar aeronave. A aeronave modelo PA-34-220T e prefixo PP-WRS ainda não foi encontrada.

 

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