Em testes no Paraná, vacina da Johnson & Johnson tem eficácia de 100%

Mais uma vacina testada no Paraná apresenta resultados animadores no combate ao coronavírus. De acordo com o anúncio feito pela Johnson & Johnson, quando avaliados apenas os casos graves da doença, a vacina Janssen-Ciliag apresentou eficácia de 100% com a aplicação de apenas uma dose. No casos moderados, a eficácia da vacina alcança 66%. Isso […]

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Mais uma vacina testada no Paraná apresenta resultados animadores no combate ao coronavírus. De acordo com o anúncio feito pela Johnson & Johnson, quando avaliados apenas os casos graves da doença, a vacina Janssen-Ciliag apresentou eficácia de 100% com a aplicação de apenas uma dose.

No casos moderados, a eficácia da vacina alcança 66%. Isso significa uma redução de mais de 1/3 no número de casos e nenhuma morte ou internamento em casos mais graves. No início de janeiro a farmacêutica notificou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de um evento adverso grave com voluntário brasileiro que participou do estudo clínico da fase 3. O evento, no entanto, não tinha relação com o imunizante, segundo a empresa.

De todas as vacinas testadas até agora no mundo, a Janssen-Cilag foi a que apresentou os resultados mais efetivos. Um dos principais motivos é justamente a necessidade de apenas uma dose. De acordo com o infectologista paranaense, Clóvis Arns da Cunha, presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia e coordenador da pesquisa no Brasil, “não houve nenhum caso de infecção nos participantes vacinados 49 dias após a aplicação da vacina. A vacina garantiu 100% de proteção contra a hospitalização e morte por Covid-19 e ninguém apresentou efeitos colaterais relevantes”, afirmou Arns. Para o infectologista outra vantagem da vacina Janssen-Cilag é a facilidade logística: “A vacina não precisa de refrigeração especial. Ela pode ser armazenada em temperatura entre 2 e 8 graus e pode ficar armazenada nessa temperatura por até 90 dias.”

A vacina da Johnson&Johnson foi testada nos Estados Unidos, Brasil e África do Sul, além de outros países da América Latina como México, Colômbia e Peru.

No Paraná os testes foram coordenados pelo centro de pesquisa do Centro Médico São Francisco, em Curitiba e foram feitos em 400 voluntários. No Brasil, outros 8 estados (Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Mato Grosso), além do Distrito Federal participaram da pesquisa. No total 43 mil voluntários brasileiros foram vacinados em todo o país.

O resultado foi apresentado após os ensaios de fase 3 e segue para a aprovação da agência de vigilância americana. Depois disso, o pedido de autorização para uso emergencial no Brasil vai ser encaminhado, o que deve acontecer já nas próximas semanas. De acordo com o Plano Nacional de Operacionalização de Vacinação contra a Covid-19, elaborado no último mês de dezembro pelo governo federal, a expectativa é que o Brasil compre cerca de 38 milhões de doses da vacina Janssen.

Além da vacina americana Janssen-Ciliag, a chinesa Coronavac, primeira a ser aplicada no país, também teve testes preliminares no Paraná e envolveu 1,4 mil voluntários. Em outra frente, pesquisadores da Universidade Federal do Paraná (UFPR) avançaram no desenvolvimento de uma vacina que não precisará de insumos importados, podendo ser fabricada totalmente em território nacional. Já em relação à vacina Sputnik V, em que o Paraná saiu na frente assinando intenção de parceria com o instituto russo Gamaleya, não houve avanços. O fundo estatal russo que patrocinou a pesquisa bloqueou o processo iniciado com o governo do Paraná e não há previsão para destravamento das tratativas.

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