Menos de 24 horas após o Ministério da Saúde anunciar que tem a intenção de adquirir 46 milhões de doses da Coronavac, candidata contra Covid-19 do laboratório chinês Sinovac Biotech testada no Brasil pelo Instituto Butantan, o presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira que o imunizante contra o novo coronavírus “não será comprado” pelo governo brasileiro. A afirmação foi feita em resposta ao comentário de uma pessoa no Facebook.

“Presidente, a é uma ditadura, não compre essa vacina, por favor. Eu só tenho 17 anos e quero ter um futuro, mas sem interferência da ditadura chinesa”, escreveu o indivíduo. Bolsonaro respondeu: “Não será comprada.”

O comentário sobre a China foi feito em uma publicação de Bolsonaro na rede social sobre a visita do conselheiro de segurança dos Estados Unidos, Robert O'Brien, e representantes da a . De acordo com o presidente, foram assinados “três acordos que vão intensificar ainda mais nossas relações comerciais e econômicas”.

'Não será comprada', diz Bolsonaro nas redes sobre vacina Coronavac

Obrigatoriedade da vacina

Nesta semana, Bolsonaro afirmou a apoiadores que a vacina contra o novo coronavírus “não será obrigatória e ponto final”, e voltou a criticar o governador de , João Doria (PSDB), que defende a obrigatoriedade da dose.

“O Programa Nacional da Vacinação, incluindo as vacinas obrigatórias, é de 1975. A lei atual incluiu a questão da pandemia. Mas a lei é bem clara e quem define isso é o Ministério da Saúde. O meu ministro da Saúde [Eduardo Pazuello] já disse, claramente, que não será obrigatório esta vacina e ponto final”, enfatizou o presidente.

Coronavac

De acordo com a gestão Doria, a Coronavac teve os menores índices de reações em comparação a outros imunizantes contra a Covid-19. O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, informou que o sintoma mais frequente nos testes com 9 mil voluntários brasileiros foi dor no local da aplicação, relatada por 18% das pessoas testadas.

A primeira fase de testes clínicos da Coronavac no Brasil terminou na sexta-feira (16), apontando pouco mais de 5% de efeitos colaterais entre quem recebeu a vacina.

(Com agências)