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Brasil

Juros fecham em alta com preocupações sobre quadro fiscal e cenário adverso

O efeito Copom durou pouco no mercado de juros e as taxas retomaram a trajetória de alta nesta sexta-feira (7) com o agravamento do risco político e fiscal afetando especialmente o trecho longo. As taxas curtas oscilaram com viés de alta e, desse modo, a curva a termo empinou um pouco mais. Como o quadro […]
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Imagem ilustrativa. (Foto: Agência Brasil)
Imagem ilustrativa. (Foto: Agência Brasil)

O efeito Copom durou pouco no mercado de juros e as taxas retomaram a trajetória de alta nesta sexta-feira (7) com o agravamento do risco político e fiscal afetando especialmente o trecho longo. As taxas curtas oscilaram com viés de alta e, desse modo, a curva a termo empinou um pouco mais. Como o quadro externo também jogou contra ativos de risco de forma generalizada, em especial em economias emergentes, formou-se um cenário ideal para a desmontagem de posições vendidas na sessão. Na agenda, o de julho (0,36%) em linha com a mediana das estimativas e com preços de abertura benignos não provocou reação nas taxas nem alterou o cenário de apostas para a Selic.

A taxa do contrato de DI (Depósito Interfinanceiro) para janeiro de 2022 fechou em 2,65%, de 2,572% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2025 subiu de 5,253% para 5,40%. O DI para janeiro de 2027 terminou com taxa em 6,35%, de 6,203% ontem.

A aprovação, no Senado, do projeto de limita a cobrança de juros do cheque especial e cartão de crédito a 30% no caso dos bancos e a 35% para fintechs até o fim do ano foi muito mal recebida e pegou o mercado de juros pronto para uma realização de lucros, após a queda forte das taxas ontem. Mesmo após a sinalização do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, nesta tarde, de que não deve colocar o projeto em votação, as taxas seguiram bastante pressionadas. “Essa história assusta o mercado, principalmente o capital estrangeiro”, disse o economista-chefe da Parallaxis, Rafael Leão.

Caso o projeto avance, a expectativa é de retração no mercado de crédito, na contramão do esforço que o governo, em especial o Banco Central, tem feito para facilitar o acesso a empréstimos para amortecer o choque da pandemia. “A fixação de taxas de juros em níveis irreais, que sequer cobrem os custos associados à inadimplência, leva progressivamente a que o produto deixe de ser ofertado”, afirmou o presidente da Febraban, Isaac Sidney, ao Broadcast. A oferta de crédito mais escassa pode retardar o crescimento da economia, do qual depende a melhora da arrecadação, prejudicando ainda mais a situação fiscal. A medida chega num momento em que vai ganhando corpo no Congresso e em alas do próprio governo a busca de brechas no teto de gastos para permitir a elevação de despesas em 2021 (veja matéria publicada às 15h32).

No exterior, o dia foi pesado para as moedas emergentes, o que acabou afetando também as curvas de juros, uma vez que a pressão no câmbio resulta em reprecificação nos demais ativos. No Brasil, o desconforto é ainda maior dado o risco de nova queda da Selic e o dólar voltou a romper R$ 5,40. De todo modo, a expectativa majoritária do mercado é de taxa básica estável na próxima reunião do Copom em 16 de setembro, apesar do comunicado ter citado espaço residual para mais uma queda. O IPCA de julho, de 0,36%, veio exatamente como indicava a mediana das estimativas e, com preços de abertura bem comportados, não alterou essa percepção, até porque para o mercado o que ameaça os cortes da Selic é o fiscal.

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