Em entrevista à Folha de S. Paulo, publicada nesta quarta-feira (17), o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB-AP), disse que a Polícia Militar sabia dos planos de manifestantes bolsonaristas de atacarem as instalações do Supremo Tribunal Federal (STF) com fogos de artifício, e nada fez para impedir o crime. Como resultado, o governador exonerou o subcomandante da polícia, Sérgio Luiz Ferreira de Souza.

O ataque aconteceu na noite do último sábado (13), quando integrantes do grupo “300 do Brasil”, que se manifestavam contra instituições democráticas, dispararam fogos contra o prédio da Suprema Corte. “No Distrito Federal, aonde eles acamparem, eu tiro. Aqui eles não ficam”, afirmou Ibaneis” ao jornal paulistano.

A escalada da violência nas manifestações antidemocráticas que pedem pela intervenção militar – e contaram com a presença do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), em plena pandemia de coronavírus – resultou na prisão de líderes do movimento, como a da ativista Sara Winter, anteontem (15). 

O governador ainda disse à Folha que determinou o fechamento da Esplanada no domingo (14) porque, ao desmobilizar o acampamento do grupo no sábado, soube que havia um plano para atacar o Supremo. Ibaneis voltou a fechar a Esplanada dos Ministérios, de terça (16) até a noite desta quarta-feira (17), após identificar novas ameaças.

Pouco depois, Ibaneis devolveu o celular. Em seguida participou de uma agenda. Quando acabou, o governador chamou a reportagem, pediu desculpas, e a conversa foi retomada.