Dólar volta a subir após dois dias de queda e fecha em R$ 4,32
O dólar voltou a subir nesta segunda-feira, 17, depois de duas sessões de queda, quando o Banco Central injetou US$ 2 bilhões em dinheiro novo no mercado. Hoje, sem leilão extraordinário de dólares e com volume de negócios muito baixo, por causa do feriado nos Estados Unidos, o dólar à vista fechou em alta de […]
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O dólar voltou a subir nesta segunda-feira, 17, depois de duas sessões de queda, quando o Banco Central injetou US$ 2 bilhões em dinheiro novo no mercado. Hoje, sem leilão extraordinário de dólares e com volume de negócios muito baixo, por causa do feriado nos Estados Unidos, o dólar à vista fechou em alta de 0,67%, a R$ 4,3292. A moeda americana subiu ante divisas fortes e de emergentes, em meio a renovadas preocupações com os efeitos do coronavírus. O real foi novamente a divisa com pior desempenho em uma cesta de 34 moedas.
O banco central da China voltou a injetar recursos no mercado nesta segunda-feira e também reduziu os juros. A estratégia acabou contribuindo para a alta das bolsas europeias e asiáticas, mas não ajudou as moedas de emergentes. As preocupações sobre os efeitos da disseminação do coronavírus falaram mais alto e o tom de cautela predominou, ressaltam os estrategistas de câmbio do banco de investimento americano Brown Brothers Harriman (BBH). “O impacto final do vírus ainda é desconhecido”, destacam.
Para o economista-chefe da gestora paulista Panamby Capital, Eduardo Yuki, o crescimento da economia mundial tende a mostrar desaceleração este ano, influenciado pelo coronavírus. A tendência é que o crescimento da China recue para perto de 5%, o que afeta o desempenho de outras regiões, como a zona do euro e as exportações brasileiras, o que significa menos dólares entrando no País. “O câmbio tem uma tendência natural de desvalorização este ano”, disse ele. Na máxima do dia, o dólar foi a R$ 4,3320. O economista da Panamby trabalha com a moeda americana em R$ 4,50 no final de 2020. “O dólar abaixo de R$ 4,00 não está incluso em nosso cenário. Muita coisa boa precisa acontecer para isso”, disse ele.
“O coronavírus continua pesando nas moedas mais sensíveis a riscos”, observam os estrategistas em Nova York do grupo financeiro holandês ING. “Com isso, o apetite por dólar permanece forte”, afirmam. Como reflexo, o índice DXY, que mede o comportamento da divisa americana ante uma cesta de moedas fortes, chegou a bater em 99,208 pontos, renovando as máximas desde o começo do ano passado. Já o euro seguiu testando mínimas, no menor patamar desde abril de 2017.
No mercado local, o Banco Central não fez leilão extraordinário hoje, apenas a rolagem de swaps de abril. Foi colocado o lote integral de 13 mil contratos, somando US$ 650 milhões. Na quinta e na sexta-feira, foi injetado, via swap, US$ 1 bilhão por dia, fazendo o dólar cair nas duas sessões.
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