Alvo da PF, Roberto Jefferson compara STF a tribunal nazista e nega ditadura no Brasil

Em entrevista ao canal CNN Brasil, o ex-deputado e presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, criticou ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e fez declarações polêmicas sobre o regime ditatorial no País, após ser alvo de uma operação da Polícia Federal, nesta quarta-feira (27), relacionada ao inquérito que investiga disparo de notícias falsas com insultos […]

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Em entrevista ao canal CNN Brasil, o ex-deputado e presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, criticou ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e fez declarações polêmicas sobre o regime ditatorial no País, após ser alvo de uma operação da Polícia Federal, nesta quarta-feira (27), relacionada ao inquérito que investiga disparo de notícias falsas com insultos aos decanos da corte e suas famílias.

Jefferson, que teve celular e computador apreendidos, comparou as medidas do Supremo às de um tribunal nazista alemão, instituído por Adolf Hitler, e sugeriu que os decanos se aposentassem. Ele também diz ser alvo de censura e negou que tenha havido ditadura no país, rejeitando evidências históricas.

O ex-deputado tem se mostrado um notório apoiador do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), principalmente depois de o ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, ter acusado Bolsonaro de interferência política na PF. Roberto defende que o mandatário brasileiro está sendo vítima de um conluio entre congressistas e juízes, capitaneado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para derrubá-lo.

Ele também esclareceu que os agentes da polícias queriam apreender um fuzil com o qual o político havia pousado para uma foto. Mas a arma fazia parte de uma exposição ocorrida no ano passado.

Antes de conceder a polêmica entrevista à CNN, ele já havia criticado o Supremo em sua conta no Twitter. “TRIBUNAL DO REICH. Instituído por Hitler,após o incêndio do Parlamento, aquele tribunal escreveu as páginas mais negras da justiça alemã, perseguindo os adversários do nazismo. Hoje o STF, no Brasil, repete aquela horripilante história. Acordei às 6 horas com a PF em meu lar”, tuitou.

A PF cumpre hoje 29 mandados referentes à investigação sobre as ‘fake news’. As ordens judiciais estão sendo feitas em 14 endereços de São Paulo (11 na capital e 3 em Araraquara, no interior do estado), 3 do Distrito Federal, 6 do Rio de Janeiro, 1 do Mato Grosso, 3 do Paraná e 3 de Santa Catarina.

Bolsonaristas suspeitos de financiarem disparo de fake news, como o dono da Havan – o empresário Luciano Hang -, tiveram celulares e computadores apreendidos.

Também são alvo da operação:

• a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP);
• a deputada federal Bia Kicis (PSL-DF);
• o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ);
• o deputado estadual Douglas Garcia (PSL-SP);
• o deputado estadual Gil Diniz (PSL-SP);
• o deputado federal Filipe Barros (PSL-PR);
• o deputado federal Geraldo Junior do Amaral (PSL-MG);
• o deputado federal Luiz Philippe de Orleans e Bragança;
• o blogueiro Allan dos Santos, próximo ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido);
• o músico e humorista Rey Biannchi;
• o youtuber Enzo Leonardo Suzin Momenti;
• a ativista bolsonarista Sara Winter;
• o empresário Edgard Corona, presidente da rede de academias Smart Fit;
• o comandante Winston Rodrigues Lima, coordenador do Bloco Movimento Brasil.

Vale ressaltar que os deputados citados não tiveram computadores, celulares, tablets e outros dispositivos eletrônicos apreendidos, como os demais alvos da operação, mas terão que prestar depoimento.

 

 

 

 

 

 

 

 

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