Pular para o conteúdo
Brasil

STF define regras para compartilhamento de dados sigilosos da Receita e do Coaf

O Supremo Tribunal Federal (STF) concluiu nesta quarta-feira, 4, o julgamento em que autorizou o amplo compartilhamento de informações da Receita Federal e do antigo Coaf (rebatizado de Unidade de Inteligência Financeira) sem necessidade de prévia autorização judicial. Na sessão de hoje, os ministros fixaram uma tese (uma espécie de resumo com o entendimento da […]
Arquivo -
Reprodução
Reprodução
O Supremo Tribunal Federal (STF) concluiu nesta quarta-feira, 4, o julgamento em que autorizou o amplo compartilhamento de informações da e do antigo (rebatizado de Unidade de Inteligência Financeira) sem necessidade de prévia autorização judicial. Na sessão de hoje, os ministros fixaram uma tese (uma espécie de resumo com o entendimento da Corte sobre o tema), definindo as regras para o repasse de dados sigilosos por órgãos de fiscalização e controle

Na semana passada, por 9 a 2, o Supremo autorizou o compartilhamento de informações sigilosas da Receita Federal com o Ministério Público e a Polícia Federal, sem necessidade de prévia autorização judicial. Diante de um placar que iria lhe impor uma derrota, o presidente do STF, ministro Dias Toffoli, alterou o voto e aderiu à ala vencedora, que permite o repasse de dados sensíveis e detalhados, como extratos bancários e declarações de Imposto de Renda.

Também na semana passada, foram derrubadas duas liminares que beneficiavam o senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ), permitindo, dessa forma, a retomada das investigações de um esquema de “rachadinha” envolvendo o ex-assessor parlamentar Fabrício Queiroz, que trabalhou no gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Estado do (Alerj). Procurada, a defesa de Flávio Bolsonaro informou que não vai se manifestar sobre o resultado do julgamento do STF.

A tese do Supremo definida hoje se divide em dois pontos. Em um primeiro item, a Corte entendeu que é constitucional o compartilhamento dos relatórios de inteligência financeira da UIF e da íntegra de procedimentos da Receita Federal com o Ministério Público e a Polícia, sem a obrigatoriedade de prévia autorização judicial. O Supremo também frisou que essas informações devem ser mantidas sob sigilo.

No segundo ponto, mais delicado, os ministros firmaram o entendimento de que o compartilhamento de informações deve ser feito apenas por meio de “comunicações formais”, com garantia de sigilo e estabelecimento de “instrumentos efetivos de apuração e correção de eventuais desvios”.

“Não pode por e-mail, não pode por telefone, não pode por WhatsApp, até porque no mundo todo não pode, né?”, disse o ministro ao falar com jornalistas, depois do julgamento.

Um dos pontos contestados pela defesa de Flávio Bolsonaro é justamente a comunicação por e-mail entre membros do Ministério Público do Rio (MP-RJ) e do Coaf, conforme destacado pelo ministro Gilmar Mendes ao dar uma liminar em setembro que paralisou as investigações de Flávio.

“Destaca-se, ainda, a presença, nos autos, de e-mail enviado pelo MP-RJ, datado de 14.12.2018, em que o MP-RJ solicitou ao Coaf, a partir do compartilhamento inicial do RIF 27.746, (relatório de inteligência financeira) a ampliação das informações prestadas, o que foi prontamente realizado pelo Coaf e deu origem ao RIF 38.484, também compartilhado com o MP-RJ em 18.12.2018, sem prévia autorização judicial”, observou Gilmar naquela ocasião.

Margem

Indagado se o entendimento firmado pelo Supremo pode abrir brecha para beneficiar Flávio Bolsonaro, Moraes disse que não conhece o caso concreto do filho do presidente da República. “Cada caso tem que ser analisado”, afirmou o ministro.

Para Moraes, o Ministério Público pode pedir complementação de informações se está investigando uma organização criminosa, por exemplo.

“Pode pedir, desde que haja ligação investigativa, não tem problema nenhum. Tudo documentado, tem que ficar tudo documentado. E-mail não, WhatsApp não, isso é para quem tem preguiça de fazer ofício. Estamos falando da vida e da intimidade de pessoas”, comentou Moraes.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Dólar sobe e vai a R$ 5,67 com volta de temores fiscais domésticos

Com o pé quebrado, homem vai preso após agredir a esposa no interior de MS

6 dicas domésticas para economizar com seu carro

Vazamento de água atinge residência e morador estima prejuízo de R$ 20 mil

Notícias mais lidas agora

vereadora luiza diretor cpi

Luiza pede demissão de presidente da Agetran que deixou de cobrar multas do Consórcio Guaicurus

empresário hrms

Justiça nega pedido de prisão, mas pede uso de tornozeleira para empresário acusado de desvio no HRMS

Empresa pivô de escândalo de corrupção em MT já fechou R$ 69,2 milhões em contratos em MS

EXPOAGRO 2025: Dia de Campo da Piscicultura reúne produtores e especialistas em Dourados

Últimas Notícias

Sem Categoria

Inter despacha Nacional e vai definir vaga nas oitavas da Libertadores com o Bahia

No chamado 'grupo da morte'

Esportes

Corinthians poupa, mas vence no Uruguai e depende de si para ir ao playoff da Sul-Americana

O Huracán já é o líder, garantidos nas oitavas

Polícia

Advogado investigado por esquema de fraudes contra o INSS é preso em MS

O criminoso é advogado e teve o exercício da profissão suspenso pela OAB

Brasil

Fraude no INSS: mais de 1 milhão de beneficiários já pediu reembolso por desconto indevido

Os números se referem ao acumulado dos últimos dois dias