Governador de MS compromete-se com redução da emissão de gases

O governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), está de acordo com as metas estabelecidas pelo Brasil para enfrentamento das mudanças climáticas, informou o Fórum Brasileiro de Mudanças do Clima. Além dele, outros 10 governadores também concordaram com os pontos apresentados. Se manifestaram de forma favorável ao cumprimento do Acordo de Paris os […]

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O governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), está de acordo com as metas estabelecidas pelo Brasil para enfrentamento das mudanças climáticas, informou o Fórum Brasileiro de Mudanças do Clima. Além dele, outros 10 governadores também concordaram com os pontos apresentados.

Se manifestaram de forma favorável ao cumprimento do Acordo de Paris os estados do Amapá, Amazonas, Distrito Federal, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo, além de Mato Grosso do Sul.

A adesão é celebrada pelo coordenador-executivo do Fórum Brasileiro de Mudanças do Clima, Alfredo Sirkis. “Temos que encontrar uma nova maneira de lidar com a dificuldade de movimentar os governos nacionais, mobilizar a opinião pública, enfrentar as atuais crises climáticas. Mais do que nunca, a hora é de nós, líderes climáticos, nos unirmos à sociedade civil para reagir e agir com a mesma intensidade”, disse.

O Brasil é signatário do Acordo de Paris, no qual foi pactuada a redução da emissão de gases no planeta. Os países envolvidos no acordo concordaram com a meta de manter o aumento da temperatura média global abaixo de 2°C em relação aos níveis pré-industriais. Os signatários devem ainda se empenhar em limitar o crescimento dessa temperatura a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais. Cada país deveria entregar a chamada NDC (Contribuição Nacionalmente Determinada), com medidas a serem tomadas.

O documento brasileiro foi entregue em setembro de 2015 e estabelece o compromisso do país de chegar em 2025 com níveis de emissão de gases de efeito estufa 37% abaixo do verificado em 2005. Em 2030, a proporção deverá chegar a 43%. Para atingir essas metas, o Brasil deverá garantir que sua matriz energética seja composta por 18% de bioenergia sustentável e 45% de energias renováveis. Outro compromisso é restaurar e reflorestar 12 milhões de hectares de florestas.

Na quinta-feira (25), o assunto estava em pauta no Fórum Clima 2019: Riscos atuais e ação dos estados, realizado no Rio de Janeiro. O evento foi organizado com o objetivo desenvolver relações com os governos estaduais para apoio às mudanças necessárias para mitigar os efeitos das mudanças climáticas.

Em um vídeo gravado para o evento, o governador de São Paulo, João Doria, informou que, em 2017, a emissão de gases no estado permanecia nos níveis de 2010. “Considero que a participação dos governadores é fundamental para o avanço das políticas sobre as mudanças climáticas”, afirmou. O governador de Pernambuco, Paulo Câmara, também deixou sua mensagem, afirmando que o estado vai ampliar sua matriz de energia limpa.

Fórum

Criado em 2000, o Fórum Brasileiro de Mudança do Clima tem o objetivo de conscientizar e mobilizar a sociedade para a discussão e tomada de posição sobre os problemas decorrentes da mudança do clima. Posteriormente, passou a integrar a Política Nacional de Mudanças Climáticas, instituída pela Lei Federal 12.187/2009. Atualmente, o Fórum é responsável pela produção de orientações estratégicas que permitam ao país lidar com as questões climáticas.

Dividido em nove câmaras temáticas, o Fórum é composto tanto por integrantes do governo como por pessoas da sociedade civil com notório conhecimento sobre o assunto, nomeadas pelo presidente da República. A composição deve garantir a presença de representantes do terceiro setor, do setor empresarial e da academia.