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Brasil

Dólar vai a R$ 4,20, pico histórico, com procura sazonal por moeda e cautela

Após ter começado esta segunda-feira em queda, em grande parte refletindo os movimentos de sexta-feira, feriado no Brasil, o dólar gradualmente ganhou força sobre o real e renovou máximas até romper a barreira dos R$ 4,20 no fim da tarde. Em um ambiente de procura sazonal por dólares, o que pressiona a cotação, exterior mais […]
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Após ter começado esta segunda-feira em queda, em grande parte refletindo os movimentos de sexta-feira, feriado no Brasil, o dólar gradualmente ganhou força sobre o real e renovou máximas até romper a barreira dos R$ 4,20 no fim da tarde. Em um ambiente de procura sazonal por dólares, o que pressiona a cotação, exterior mais cauteloso e na ausência de um noticiário doméstico que ajudasse o real, a moeda americana terminou o dia com a maior cotação de fechamento da história do Plano Real, aos R$ 4,2055, uma alta de 0,29%. A última vez em que isso havia ocorrido havia sido em 13 de setembro de 2018, antes das eleições presidenciais, quando o dólar tocou os R$ 4,1998.

Segundo operadores ouvidos pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, os investidores testam o (BC) numa possível oferta de venda de moeda e pedem mais liquidez em uma época em que comumente há mais procura pela divisa americana. Isso porque, no fim do ano, há um aumento de remessas de lucros por parte de empresas e fundos ao exterior.

“Nossa diferença para o mercado externo é que, como estamos no fim do ano, o mercado provavelmente deve estar chamando o BC. É normal que o BC entre para dar mais liquidez no fim de ano”, disse um operador. No pico do dia, a moeda chegou a tocar os R$ 4,2090. Na mínima, pela manhã, atingiu os R$ 4,1702.

O movimento foi mais forte por conta do noticiário interno fraco e a cautela típica pré-feriado. Após a Proclamação da República, na última sexta-feira, há ainda o feriado do Dia da Consciência Negra, na próxima quarta-feira. Além disso, pesam para o pé atrás do investidor as tensões na América Latina e, ainda, dúvidas por parte do governo chinês em relação ao andamento do acordo comercial com os Estados Unidos.

“Temos uma semana curta novamente, o fluxo é negativo. O ambiente da América Latina está cheio de barulho. Não tem noticiário que favoreça o real”, disse o operador da Fair Corretora, Hideaki Iha.

Lá fora, o dólar operava em alta frente a maior parte dos emergentes, mas com avanços comedidos. No fim da tarde, as exceções eram e Argentina. Frente a moedas fortes, no entanto, medidas pelo índice DXY, o dólar tinha queda de 0,22% às 17h23.

Diante das inúmeras fontes de incerteza, a liquidez no mercado foi relativamente baixa. No mercado à vista, o volume de negócios foi de US$ 766,20 milhões. “Com dólar a R$ 4,20, ninguém vai querer fazer negócios, pelo menos até o feriado passar. Quem utilizou o período da manhã, fez um bom negócio”, destacou o operador da Advanced Corretora, Alessandro Faganello

Ele pondera que há potencial para que o noticiário interno melhore um pouco o humor dos investidores nas próximas semanas. Isso porque há uma expectativa de envio do projeto que acelera as privatizações e, ainda, a aprovação da PEC Paralela, que inclui Estados e municípios na reforma da Previdência.

Nesta segunda, a entrevista do secretário da Receita Federal, José Barroso Tostes Neto, ao Estadão – publicada domingo à noite pelo Broadcast – não chegou a refletir nos ativos domésticos. Segundo ele, a ideia é dividir a reforma tributária do governo em 4 partes. A primeira – única a ser enviada este ano – seria uma unificação do PIS/Cofins. A segunda etapa seria uma mudança no IPI. A terceira, a reformulação do Imposto de Renda; e a quarta etapa, a desoneração da folha de salários das empresas.

Em entrevista ao Broadcast, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, colocou dúvidas em relação à disposição da Casa em votar uma unificação apenas do PIS/Cofins, em detrimento da reforma mais abrangente que está no Legislativo. Para ele, o projeto proposto pelo governo não resolve a pendência com o setor de serviços – que emperra a discussão -, nem o “principal problema” tributário atual, o ICMS.

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