Bolsonaro: não nos deixam em paz, alguns de forma mesquinha buscam atingir governo

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira, 17, em discurso em uma aula inaugural do curso de formação da Polícia Rodoviária Federal, em Florianópolis (SC), que sua vida no governo “não é fácil”, mas que sabia que seria assim. “Não nos deixam em paz, alguns de forma mesquinha buscam atingir o governo. A grande parte […]

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Foto: Sergio Lima
Foto: Sergio Lima

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira, 17, em discurso em uma aula inaugural do curso de formação da Polícia Rodoviária Federal, em Florianópolis (SC), que sua vida no governo “não é fácil”, mas que sabia que seria assim. “Não nos deixam em paz, alguns de forma mesquinha buscam atingir o governo. A grande parte quer o bem, mas essa minoria é incansável e isso é lamentável”, disse Bolsonaro, acrescentando que prevalece a “vontade de ver o Brasil crescer, economicamente e moralmente”.

Em dia de acirramento da crise no PSL, o presidente fez, ainda, um apelo ao Congresso. “Não existe satisfação maior, senhores parlamentares, do que ser reconhecido pelo seu trabalho.”

Durante o discurso, Bolsonaro disse também que sua bandeira não é “negociar coisas menores” com o Legislativo. “Minha bandeira é de Brasil acima de tudo, respeito à família, é tratar com dignidade a coisa pública, é não negociar coisas menores dentro do parlamento”, afirmou, emendando que tem o dever de “defender a família, a pátria e respeitar a criança dentro da sala de aula”.

Excludente de ilicitude

Em seu discurso, o presidente defendeu o excludente de ilicitude “Nós lutamos para conseguir para vocês o excludente de ilicitude. Não é carta branca para matar, é para não morrer”, disse Bolsonaro.

O excludente de ilicitude foi incluído no pacote anticrime do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, mas foi retirado da proposta por um grupo de trabalho da Câmara dos Deputados em 25 de setembro. “O nosso parlamento, em grande parte, cada vez mais se conscientiza de que isso tem que ser realidade. Não queremos mais chorar a morte de colegas”, afirmou o presidente.

Bolsonaro também disse que, pela primeira vez, “um chefe de Estado esteve na ONU e defendeu as suas polícias, o que no passado não era assim”, em referência ao seu discurso na abertura da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) em 24 de setembro. “Sempre acusavam vocês de serem os responsáveis pelas morte no Brasil, mas era ao contrário”, completou o mandatário.

Ao se dirigir aos policiais presentes no evento, o presidente afirmou que eles “fizeram com que os parlamentares acordassem e lhe dessem um plano de carreira” e emendou, dirigindo-se a Moro e citando o ministro da Economia, Paulo Guedes, que esse plano de carreira “pode melhorar”.

Durante o evento, o presidente assinou, ainda, uma medida provisória que, segundo a organização do evento, tem o objetivo de “acelerar a apreensão de bens que tenham relação com o tráfico de drogas” e “permitir que o dinheiro seja utilizado, de imediato, na segurança pública”. Bolsonaro também assinou um decreto que altera regimentos dos ministérios da Justiça e Segurança Pública e da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos “no que se refere a atribuições da Polícia Rodoviária Federal.”

Acompanhado de Sergio Moro e da ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, o presidente terminou o discurso citando o lema de sua campanha eleitoral em 2018, “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”, e fez flexões em cima do palco.