A Arábia Saudita barrou a importação de carne de frango de 5 dos 30 frigoríficos do Brasil, segundo o Mapa (Ministério da Agricultura e Abastecimento), pasta comandada pela ministra Tereza Cristina (DEM). A informação também foi confirmada pela ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal). O mercado saudita é o maior comprador desse produto brasileiro.
A ABPA afirmou que a medida foi tomada por “critérios técnicos”, mas não especificou quais. Em nota, o Mapa afirmou que tomou conhecimento ontem (22) de relatório publicado pelo serviço sanitário da Arábia Saudita que desabilitou as empresas. No entanto, ele afirmou que foram liberados para o comércio 25 estabelecimentos brasileiros como exportadores de carne de frango.
“A aprovação foi resultante de missão que o Reino enviou ao Brasil em outubro de 2018. Na ocasião, foram visitados frigoríficos, fazendas e fábricas de ração”, diz o órgão.
Ainda conforme o Mapa, o grupo habilitado respondeu no ano passado por 63% do volume das exportações brasileiras de carne de frango – porcentagem que correspondeu a 437 mil toneladas – para a Arábia Saudita.
O Ministério ainda está examinando o relatório e encaminhará aos estabelecimentos as recomendações apresentadas.
Frango
Em 2018, o Brasil enviou para a Arábia Saudita 486,4 mil toneladas de carne de frango, o equivalente a 12,1% do total embarcado no ano.
A China foi o segundo maior mercado e, na última segunda, acertou com exportadoras um acordo para encerrar uma disputa por conta do preço.
A carne comprada pela Arábia Saudita segue os princípios do Islã tanto no abate, quanto na produção e é chamada de halal.
Critérios
Para produzir esse tipo de carne, empresas brasileiras tiveram que adaptar suas fábricas e efetivo.
Os animais devem ser mortos com o peito direcionado para a Meca e os sangradores têm que ser muçulmanos praticantes, por exemplo. O Brasil é o maior exportador de frango halal do mundo.
Veja a lista dos frigoríficos autorizados atualmente a exportar frango para a Arábia Saudita, segundo o Ministério da Agricultura:
1. BRF, Dourados (MS)
2. BRF, Videira (SC)
3. BRF, Capinzal (SC)
4. SHB (BRF), Francisco Beltrão (PR)
5. SHB, Buriti Alegre (GO)
6. SHB, Dois Vizinhos (PR)
7. SHB, Nova Mutum (MT)
8. Frigorífico Nicolini (BRF), Garibaldi (RS)
9. JBS, Passo Fundo (RS)
10. JBS, Montenegro (RS)
11. Seara (JBS), Brasília (DF)
12. Seara, Campo Mourão (PR)
13. Seara, Itaiópolis (SC)
14. Seara, Amparo (SP)
15. Seara, Itapiranga (SC)
16. Seara, Ipumirim (SC)
17. Vibra Agroindustrial, Itapejara D’Oeste (PR)
18. Vibra Agroindustrial, Sete Lagoas (MG)
19. Vibra Agroindustrial, Pato Branco (PR)
20. Jaguafrangos, Jaguapitã (PR)
21. Zanchetta Alimentos, Boituva (SP)
22. Bello Alimentos, Itaquiraí (MS)
23. Frigorífico Nova Araçá, Nova Araçá (RS)
24. DIP Frangos, Capanema (PR)
25. LAR Cooperativa Agroindustrial, Matelândia (PR)
