Testemunha de Nuzman nega compra de votos para Olimpíada Rio 2016

Ao depor hoje (5) ao juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal no Rio de Janeiro, o general Lassana Palenfo, representante da Costa do Marfim no Comitê Olímpico Internacional (COI), negou que tenha havido qualquer tipo de combinação de votos ou recebimento de dinheiro por parte de países africanos para escolherem o Rio de Janeiro […]

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Ao depor hoje (5) ao juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal no Rio de Janeiro, o general Lassana Palenfo, representante da Costa do Marfim no Comitê Olímpico Internacional (COI), negou que tenha havido qualquer tipo de combinação de votos ou recebimento de dinheiro por parte de países africanos para escolherem o Rio de Janeiro como sede da Olimpíada de 2016.

Palenfo depôs como testemunha de defesa de Carlos Nuzman, ex-presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), no processo resultante da Operação Unfair Play, que investiga o pagamento de propina pelo direito do Brasil sediar os Jogos Olímpicos de 2016. A acusação aponta que os senegaleses Papa Diack e Lamine Diack teriam recebido a propina para garantir votos africanos ao Brasil.

Nuzman foi preso no dia 5 de outubro do ano passado e conseguiu um habeas corpus, sendo solto no dia 20 do mesmo mês.

Depondo em francês por videoconferência a partir da Suíça, na sede do COI, Palenfo disse que conhece Nuzman do COI, tendo sido eleitos para o comitê na mesma ocasião, em 2000. Palenfo confirmou que votou a favor do Brasil na escolha ocorrida em 2009 em Copenhague, mas que não recebeu nenhum dinheiro para isso nem houve combinação entre os demais membros da delegação africana.

“Nós votamos em Copenhague pelo Rio de Janeiro, mas a título individual. O voto é secreto e eletrônico”, disse Palenfo, que informou que desde a Olimpíada de Londres, em 2012, ele é membro honorário do COI.

O general também disse conhecer Lamine Diack, do Comitê Olímpico Africano, e informou não ter conhecimento se houve ou não qualquer pagamento de propina feita a ele.

No dia 5 de junho, também depondo como testemunha de defesa de Nuzman, o ex-jogador Pelé, que atuou como embaixador da candidatura do Rio de Janeiro e integrou comitivas para apresentar o país a membros do COI, negou ter presenciado qualquer negociação de compra de votos para os Jogos Olímpicos de 2016.

No mesmo dia, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que depôs como testemunha de defesa do ex-governador Sérgio Cabral no mesmo processo, disse que não houve trapaça na votação que elegeu o Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos de 2016.

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