A polícia que investiga o caso da jovem de 19 anos que foi agredida por três homens, e teve a barriga marcada com uma suástica por usar uma camiseta com a frase #Elenão, na última segunda-feira (8), em Porto Alegre, afirmou ter tido motivo homofóbico por trás do crime.

Tanto o delegado responsável pela investigação Paulo César Jardim, quanto a advogada da moça, Gabriela Souza, consideram o fato da vítima ter um adesivo com a bandeira do arco-íris, símbolo que representa a bandeira gay, na mochila, como razão para o ataque.

Paulo César é especializado em investigações de células neonazistas no estado do RS (Rio Grande do Sul). Para ele, o ferimento feito na barriga da jovem não representa a suástica, mas sim “um símbolo antigo, milenar, budista, que foi historicamente corrompido”.

Apesar do delegado confirmar que ele e a advogada não terem “dúvida de que foi crime de ”, as investigações, até o momento, estão suspensas. A vítima não quis formalizar representação contra os autores das agressões.

O caso

Uma jovem de 19 anos, que não teve a identidade revelada, voltava do curso pré-vestibular na última segunda-feira (8) quando foi abordada poe três homens que a questionaram sobre o adesivo de #Elenão com a bandeira de arco-íris preso em sua mochila.

Durante a abordagem, os homens passaram a agredi-la com xingamentos homofóbicos e, ao reagir às agressões, os suspeitos, então, deram início às agressões físicas.

Além de receber vários socos, a jovem foi marcada com um canivete com um desenho que, para ela, representa a suástica.