O MPF (Ministério Público Federal) denunciou à Justiça Federal o empresário Joesley Batista, a advogada Esther Flesch, o ex-diretor da JBS, Francisco de Assis e Silva e o ex-procurador da República, Marcelo Miller. A acusação tramita em segredo de justiça, segundo informou a assessoria de imprensa da Justiça Federal ao portal G1.
De acordo com a acusação, Marcelo Miller teria recebido vantagem indevida de R$ 700 mil para ‘ajudar’ a J&F, grupo a qual a JBS integra, a obter informações privilegiadas para fechar acordo de colaboração premiada com a PGR (Procuradoria Geral da República).
Antes de deixar a PGR, Miller atuava na Operação Lava Jato, que tem J&F entre os investigados. Segundo o G1, a acusação do MPF diz que “Joesley Batista e Francisco de Assis ofereceram promessa de vantagem indevida a Marcello Miller Ester Flesch, para que o primeiro, ainda que potencialmente, praticasse atos de ofícios em seu favor”.
Na semana passada, a Polícia Federal indicou todos eles por suposta prática de corrupção e sustentou que Joesley, Assis e Esther convenceram Miller a ajuda-los a fechar o termo de acordo da delação.
Ao G1, a defesa de Joesley Batista afirmou eu ele jamais ofereceu vantagem indevida ao ex-procurador para obter ajuda na elaboração do acordo. Em depoimento à PF em outubro passado, Miller disse que fez apenas ajustes linguísticos e gramaticais no rascunho da delação dos executivos da JBS.
