Um grupo do Facebook que reúne mulheres contra a candidatura do candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, chamou a atenção pela quantidade de participantes em um curto período de tempo. Criado no dia 30 de agosto, o grupo já acumula mais de 1 milhão de participantes.
Na descrição, o grupo é definido como “destinado à união das mulheres de todo o Brasil (e as que moram fora do Brasil) contra o avanço e fortalecimento do machismo, misoginia e outros tipos de preconceitos representados pelo candidato Jair Bolsonaro e seus eleitores”.
As administradoras do grupo afirmam que a página não é embasada em nenhum partido político e que todas as frentes são bem-vindas, desde que não votem no candidato do PSL, a quem acusam de incitar o machismo e intolerância. No grupo, o candidato é chamado como “inominável” ou “coiso”.
“Acreditamos que este cenário, que em princípio nos atormenta pelas ameaças às nossas conquistas e direitos, é uma grande oportunidade para nos reconhecer como mulheres. Esta é uma grande oportunidade de união! De reconhecimento da nossa força!”.
O grupo aproveita a grande e crescente mobilização online para marcar atos públicos contra o candidato na sexta-feira, na Avenida Paulista, em São Paulo, e no dia 29, na Cinelândia, no Centro do Rio de Janeiro.
Também no dia 29 será organizado o evento Mulheres Contra Bolsonaro, que já totaliza 180 mil confirmações no Largo da Batata, em São Paulo.
Outro lado
Há também grupos de mulheres que apoiam o candidato. O “Mulheres com Bolsonaro #17 (OFICIAL), no entanto, não possui nem 25% do número de participantes do grupo que rejeita Bolsonaro.
O candidato lidera as pesquisas com 26% das intenções de voto, mas entre o eleitorado feminino, 52% dos eleitores do país são mulheres, sua rejeição é de 44%, segundo pesquisa Ibope divulgada na terça-feira, 11.