Brasil assina acordos para escritório regional do banco do Brics

Depois de dois dias de reunião de chefes de Estado e governo em Joanesburgo, na África do Sul, a 10ª Cúpula do Brics termina com duas importantes conquistas para o setor produtivo brasileiro, na avaliação da Confederação Nacional da Indústria (CNI). A primeira é um acordo para a abertura de um escritório regional do banco […]

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Depois de dois dias de reunião de chefes de Estado e governo em Joanesburgo, na África do Sul, a 10ª Cúpula do Brics termina com duas importantes conquistas para o setor produtivo brasileiro, na avaliação da Confederação Nacional da Indústria (CNI). A primeira é um acordo para a abertura de um escritório regional do banco do Brics, o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB, na sigla em inglês), no Brasil. E a segunda é uma cooperação entre as economias do bloco na área de aviação regional.

Na avaliação da indústria, representada pela CNI, os acordos são importantes para fomentar negócios e ampliar investimentos entre os países, em infraestrutura e no setor aeronáutico. O Brics é o grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

A criação do NDB foi formalizada em 2014, durante a sexta reunião de cúpula do grupo, em Fortaleza, no Ceará. O banco do Brics foi inaugurado em julho de 2015, com sede em Xangai, com o objetivo de financiar projetos de infraestrutura de países do bloco e de outras economias em desenvolvimento.

A expectativa é que o escritório regional das Américas seja inaugurado no Brasil ainda em 2018. O acordo foi firmado pelos ministros de Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, e da Fazenda, Eduardo Guardia.

Para a CNI, o novo escritório estreitará as relações do banco dos Brics com o setor privado brasileiro. Na prática, essa aproximação contribuirá para que as empresas busquem financiamento para projetos de infraestrutura voltados ao desenvolvimento sustentável.

No caso da aviação regional, foi assinado um memorando de entendimento para fomentar o setor. A partir desse documento, que vinha sendo trabalhado há dois anos, os países podem desenvolver projetos para ampliar as oportunidades de negócios. A CNI considera que, como quatro dos cinco países do grupo são continentais, o seu mercado para voos domésticos oferece potencial para as exportações brasileiras de aeronaves, por exemplo.

Em 2019, o Brasil sediará, pela terceira vez, a reunião de cúpula dos Brics.