Oposição e até a base criticaram uso do Exército na ação

 

O presidente Michel Temer (PMDB) revogou o decreto que autorizou a presença das Forças Armadas para Garantia da Lei e da Ordem (GLO) na Esplanada dos Ministérios, para conter os protestos que aconteceram ontem, quinta-feira (24).

Milhares de manifestantes, que protestaram contra as reformas propostas pelo governo Temer, promoveram tumulto na Capital Federal. Alguns ministérios, como da Agricultura, foram alvo de quebra quebra e até de incêndios.

Inicialmente a Polícia Militar reprimiu o protesto com bombas de efeito moral, gás de pimenta, balas de borracha e até tiros disparados por armas de fogo. Diversos manifestantes e policiais ficaram feridos nos confrontos.

Ao anunciar o decreto, o ministro da Defesa, Raul Jungmann (PPS), afirmou que convocação das Forças Armadas tinha sido um pedido do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que negou o fato, e revelou ter solicitado apenas a presença de homens da Força Nacional, que é subordinada ao Ministério da Justiça.

O decreto valeria até o próximo dia 31, e delimitava a atuação dos militares apenas no Distrito Federal, com intenção, apenas, de Garantia da Lei e Ordem.

Segundo o Jornal O Globo, Temer se reuniu na manhã desta quinta-feira (25) com o próprio Jungmann, Sérgio Etchegoyen, chefe do Gabinete de Segurança Institucional, e com os ministros Moreira Franco, da Secretaria Geral, Eliseu Padilha, da Casa Civil, e Antonio Imbassahy, da Secretaria de Governo. Uma edição extra do DOU (Diário Oficial da União) revogou o decreto.