Pular para o conteúdo
Brasil

Supremo retoma julgamento sobre ensino religioso nas escolas públicas

Sessão está em andamento
Arquivo -

Sessão está em andamento

O Supremo Tribunal Federal (STF) retomou há pouco o julgamento da ação na qual a Procuradoria-Geral da República (PGR) pede que a Corte reconheça que o ensino religioso nas escolas públicas deve ser de natureza não confessional, com a proibição de admissão de professores que atuem como representantes de confissões religiosas. Neste momento, o ministro Alexandre de Moraes, segundo a votar, profere seu voto.

O julgamento começou ontem (30), e somente o relator, ministro Luís Roberto Barroso, votou para dar interpretação conforme a Constituição e declarar que o ensino religioso nas escolas públicas de todo o país deve ser de forma não confessional, com proibição de admissão de professores ligados a qualquer religião e com matrícula facultativa.

A ação da PGR foi proposta em 2010 pela então vice-procuradora Débora Duprat. Segundo entendimento da procuradoria, o ensino religioso só pode ser oferecido se o conteúdo programático da disciplina consistir na exposição “das doutrinas, práticas, histórias e dimensão social das diferentes religiões”, sem que o professor privilegie nennhum credo.

Para a procuradora, o ensino religioso no país aponta para a adoção do “ensino da religião católica”, fato que afronta o princípio constitucional da laicidade. O ensino religioso está previsto na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e no Decreto 7.107/2010, acordo assinado entre o e o Vaticano para o ensino do tema.

Outro lado

Na sessão de ontem, o advogado Fernando Neves, representante da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), defendeu a obrigatoriedade do ensino religioso por estar previsto na Constituição. Além disso, Neves argumentou que o poder público não pode impedir o cidadão de ter a opção de aprofundar os conceitos sobre sua fé.

“O ensino religioso não é catequese, não é proselitismo. É aprofundamento daquele que já escolheu aquela fé, por si ou por sua família.  Os alunos são livres para frequentar”, argumentou.

A advogada-geral da União, Grace Mendonça, defendeu também o ensino religioso nas escolas públicas no formato atual. Para ela, ao prever expressamente a disciplina, a Constituição obriga o Estado a oferecê-la. Gracie argumentou que a oferta da disciplina nas escolas públicas fortalece a democracia, tornando-a mais inclusiva.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais
eldorado

Justiça Federal mantém decisões que impedem Paper de assumir a Eldorado Brasil

MORADOR BRIGA

Morador de Porto Murtinho paga R$ 1 mil de fiança e diz que prefeito “perdeu o controle”

Dentistas voluntários selecionam jovens para tratamento dental gratuito em MS

Guatemala extradita um dos 100 foragidos mais procurados pelos EUA

Notícias mais lidas agora

Disputa por R$ 10 milhões: área doada para megaindústria chinesa BBCA está abandonada

pantanal incêndio

Alvo de operação contra grilagem em MS já recebeu multa ‘pesada’ por incêndio no Pantanal

onça atacou gato

Foi onça ou não? Marcas de mordida indicam predador de gato atacado em cidade de MS

congresso

Investigação mira ex-prefeito que teria recebido diárias em dobro da Assomasul e do município

Últimas Notícias

Cotidiano

Exército participa da Expoagro em Dourados com exposição de tanque que faz ‘tremer o chão’

Exército expõe equipamentos de artilharia e engenharia, carros de combate blindados M60 e M113 e, ainda, informações sobre formas de ingresso na corporação

Polícia

Júri popular de réu que esfaqueou homem em 2020 na Homex foi adiado em Campo Grande

A nova data do júri ainda não foi marcada

Economia

Expoagro destaca pujança de Dourados e reforça compromisso do agro com o meio ambiente

Evento tem várias atrações e é do tamanho da ‘Grande Dourados’, comenta presidente do sindicato rural, Gino José Ferreira

Brasil

Moraes e Zanin votam para STF enfrentar decisão da Câmara e seguir com ação do golpe

Câmara dos Deputados tinham votado em maioria para suspender processo de golpe contra o deputado Alexandre Ramagem