Por corrupção passiva

O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral foi denunciado pelo Ministério Público Federal nesta quinta-feira (28) no âmbito da operação Lava Jato por corrupção passiva. Está é a 12ª denúncia contra o ex-governador, preso preventivamente desde novembro.Sérgio Cabral é denunciado pela 12ª vez na Lava Jato

Segundo o MPF, Cabral recebeu R$ 16,7 milhões em propina entre 2007 e 2016 a fim de conceder benefícios em contratos com o governo do Rio de Janeiro ao empresário Marco de Luca, também denunciado.

Foram contabilizados 82 pagamentos mensais no valor aproximado de R$ 200 mil. 

Defesa de Cabral ainda se pronunciou sobre as acusações. Os advogados têm reiterado que o ex-governador se manifestará em juízo.

Nesta quarta-feira (28) os irmãos Renato e Marcelo Chebar, doleiros que confessaram à Justiça serem responsáveis por lavar dinheiro de Sérgio Cabral (PMDB), afirmaram à 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, que o ex-governador decidiu ocultar recursos em contas no exterior porque estava “assustado” com as investigações da CPI do Propinoduto, um dos escândalos da gestão de Anthony Garotinho (chefe do Executivo fluminense de 1999 e abril de 2002).

Os interrogados ratificaram os pontos revelados em acordo de delação premiada com o MPF, homologado pela Justiça. Renato e o irmão, Marcelo, afirmaram que movimentavam dinheiro a mando de Cabral e de seus operadores, Carlos Miranda e Wilson Carlos, depositando valores em espécie para compra de dólares (o dinheiro era remetido à conta no exterior) ou atuando como uma espécie de “cofre” do ex-governador. “Eu era o cofre dele”, declarou Marcelo, explicando que os delatores haviam alugado uma sala comercial em um prédio em Ipanema, zona sul carioca, com objetivo de guardar dinheiro em espécie.