‘Nunca operei dinheiro de campanha para o PMDB’, diz José Yunes

Yunes assume que recebeu um pacote do doleiro Lúcio Funaro, mas afirma que não sabia do conteúdo

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Yunes assume que recebeu um pacote do doleiro Lúcio Funaro, mas afirma que não sabia do conteúdo

O advogado José Yunes confirmou nesta sexta-feira (24) em entrevista à Rádio Estadão que recebeu um pacote do doleiro Lúcio Funaro, a pedido do hoje ministro-chefe da Casa Cívil, Eliseu Padilha, um mês antes da eleição presidencial de 201 que reelegeu a chapa Dilma Roussef e Mochel Temer, mas alegou que não viu o conteúdo. Apesar de admitir, Yunes negou que tenha atuado como operador dos recursos de campanha do PMDB.

“Nunca operei dinheiro de campanha para o PMDB. Nego peremptoriamente que recebi dinheiro para a campanha do PMDB”, reiterou, ironizando que se isso fosse verdade, conforme relatos de delatores da Operação Lava Jato que Padilha teria sido o destinatário de R$ 4 milhões em caixa dois para a campanha, “o dinheiro não iria em um envelope, mas num caixa forte”.

Yunes ainda disse que conversou nesta quinta-feira (23) pessoalmente com o presidente Michel Temer sobre o depoimento espontâneo que fez à Procuradoria-Geral da República sobre o imbróglio, em razão da delação premiada de Claudio Melo, lobista da Odebrecht que disse que ele teria recebido dinheiro vivo em seu escritório de advocacia, em São Paulo. Segundo ele, Temer não demonstrou preocupação com o fato e lhe disse que “o melhor é sempre contar a verdade”.

Na entrevista à Rádio Estadão, Yunes não quis comentar sobre o ministro Eliseu Padilha. Falou apenas que ele deve ter mesmo se afastado para cuidar da saúde. “Não faço juízo de valor sobre Padilha”, emendou.  

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