‘Mandaram matar meu pai’, desabafa filho de Teori Zavascki em rede social
Filho de ex-ministro acredita que PMDB tenta barrar Lava-Jato
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Filho de ex-ministro acredita que PMDB tenta barrar Lava-Jato
Em uma publicação em seu perfil no Facebook, o filho do ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavascki, Fracisco Zavascki, acusou o PMDB de tentar barrar a Operação Lava-Jato a qualquer custo, chegando ao ponto de mandarem matar seu pai.
A publicação foi excluída momentos depois de ter sido postada nas redes sociais. O texto terminava com Francisco pedindo o “Impeachment já!” e a afirmando: “não tenho como não pensar que não mandaram matar meu pai”.
“Derrubaram a Dilma e assumiu o Temer. Do que eles são capazes? Será que só pagar o silêncio alheio? Ou será que derrubar avião também está valendo?”.
Teori Zavascki morreu no dia 19 de janeiro em um acidente aéreo em Parati. Segundo seu filho, o ministro sabia quanto “cada um estava afundando no mar de corrupção”, e estava aflito com as denúncias que homologaria no STF.
Francisco Zavascki conta que o pai chegou a conversar com as Forças Armadas para obter apoio ao Supremo, temendo que algum mal acontecesse.
O filho de Teori termina a publicação chamando Michel Temer e os aliados do PMDB de “gente cínica”, lembrando do dia em que os ministros e o presidente chegaram ao velório de seu pai.
Confira a nota na íntegra:
“O PMDB está no poder desde sempre e, como todos sabemos, estava com o PT aproveitando tudo de bom que o Governo pode dar… até que veio a Lava jato.
A ordem sempre foi a de parar a Operação (isto está gravado nas palavras dos seus líderes). Todavia, ao que parece, até para isso o PT era incompetente e, ao que tenho notícia, de fato, o
PT nunca tentou nada para barrar a Lava Jato (ao menos o pai sempre me disse que nunca tinham tentando nada), o que sempre gerou fortes críticas de membros do PMDB.
O problema é que as investigações começaram a ficar mais e mais perto e os líderes do PMDB viram como única saída, realmente, brecar a Operação a qualquer custo. Para isso, precisava do poder. Derrubaram a Dilma e assumiu o Temer. Do que eles são capazes? Será que só pagar pelo silêncio alheio? Ou será que derrubar avião também está valendo?
O pai sabia de tudo isso. Sabia quanto cada um estava afundando nesse mar de corrupção. Não é por acaso que o pai estava tão aflito com o ano de 2017.
Aflito ao ponto de me confidenciar que havia consultado informalmente as Forças Armadas e que tinha obtido a resposta de que iriam sustentar o Supremo até o fim!
Que gente cínica. Não tem coisa que me embrulha mais o estômago do que lembrar que, no dia do velório do meu pai, diante de tanta dor, ainda tive que cumprimentar os membros daquele que foi apelidado naquele mesmo dia de o “cortejo dos delatados”.
Impeachment já!
Desculpem o desabafo, mas não tenho como não pensar que não mandaram matar o meu pai!”
(com supervisão de Evelin Cáceres)
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