Fundador da Gol é condenado a 16 anos de prisão por matar líder comunitário

Líder teria sido assassinado por ocupar terreno da família de empresário

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Líder teria sido assassinado por ocupar terreno da família de empresário

O fundador e ex-presidente da Gol Linhas Aéreas, Nenê Constatino, de 86 anos, foi condenado a 16 anos e seis meses de prisão pelo assassinato do líder comunitário Márcio Leonardo de Sousa Brito, em 2001. O anúncio da condenação foi feito pelo juiz João Marcos Guimarães Silva, na madrugada desta sexta-feira (12).

O empresário foi considerado o mandante do crime, e foi condenado pelo crime de homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e cometido diante de dissimulação, e terá de pagar uma multa de R$ 84 mil.

O assassinado, Márcio Leonardo, tinha 27 anos na época. Ele liderava um grupo de 60 famílias que ocupavam um terreno que fazia parte da garagem da Viação Pioneira, antiga empresa de ônibus da família de Constantino. A vítima foi assassinada com três tiros, em 12 de outubro de 2001.

Outros quatro homens teriam colaborado para o crime: Vanderlei Batista Silva, João Alcides Miranda e João Marques dos Santos, todos condenados. O autor dos disparos, Manuel Tavares, já faleceu. Já o genro de Constantino, Victor Bethônico, foi o único dos acusados absolvido.Fundador da Gol é condenado a 16 anos de prisão por matar líder comunitário

Gravações telefônicas entre os acusados e um vídeo gravado por uma testemunha que alegou ter recebido a oferta de uma casa em troca de responsabilizar outra pessoa pelo crime foram utilizados como prova das acusações.

Os sete juízes que participaram do julgamento, no Tribunal do Júri de Taguatinga, foram unânimes em reconhecer a culpabilidade de Constantino. Da decisão, cabe recurso.

(com supervisão de Evelin Cáceres)

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