Empresário tem prisão decretada no Brasil

O empresário chegou ao aeroporto de Nova Iorque por volta das 22h (horário de Brasília), após negociação para que o empresário, que era considerado foragido da justiça, entregue-se às autoridades brasileiras. A expectativa é que Batista embarque num voo com destino ao Rio de Janeiro previsto para decolar após a meia noite.

Eike chegou sozinho, apenas com uma mala, no aeroporto JFK, em Nova Iorque. O empresário efetuou o check-in normalmente, passou pela imigração e rapidamente já aguardava na sala de embarque pelo voo 973 da American Airlines. A previsão é que o voo pouse às 10h30 no Rio de Janeiro.

No Brasil, o empresário deverá ser detido assim que chegar. Por não ter nível superior, ele será levado a um presídio comum. Eike Batista é acusado pelo Ministério Público Federal de envolvimento nos escândalos que levaram o ex-governador Sérgio Cabral à cadeia e teve prisão decretada durante nova fase da operação Lava Jato no Rio de Janeiro.

Denunciado por corrupção ativa, Eike é acusado de ter pago US$ 16,5 milhões a Cabral. Ainda não se sabem quais vantagens foram oferecidas por Cabral a Eike em troca do dinheiro.

Eike Batista saiu do Brasil utilizando seu passaporte alemão. Uma vez que a Alemanha não tem acordo de extradição com o Brasil, a polícia internacional foi acionada e o status de Eike foi colocado como foragido devido a preocupação de que ele fugisse da justiça brasileira.

Prejuízo a MS

Eike Batista manteve negócios em Mato Grosso do Sul, como a exploração de minérios, em Corumbá, no início dos anos 2000. Até 2014, a subsidiária MMX, empresa de Eike, atuou em Mato Grosso do Sul, sob seu comando. A expectativa comercial era grande, no entanto, o promitente empreendimento causou um prejuízo enorme ao principal parceiro que o ex-bilionário atraiu por aqui, a MSGas (Companhia de Gás de MS). Saiba como:

Por solicitação da MMX, a MSGás construiu 37 quilômetros de canalização de gás natural, obra que, financiada, custou à época, R$ 30 milhões à empresa sul-mato-grossense.

Pelo projeto da MMX, a canalização seria um meio de a empresa de Eike captar o gás natural até sua sua empresa. Para a MSGás, era um negócio rentável, porém, num prazo longo. A obra ficou pronta em 2003, mas a MMX nunca explorou o canal. Ou seja, os R$ 30 milhões, pagos em prestações ainda hoje, ficou somente na conta da MSGás, que tem como donos o Estado de MS e a Petrobras.