Inquérito para investigar senador havia sido aberto em 2015

O ministro Edson Fachin, relator dos processos da Lava-Jato, determinou o arquivamento do inquérito aberto para investigar o senador Lindbergh Farias (PT-RJ).

“Não obstante terem sido confirmadas vultosas doações eleitorais pelas empresas envolvidas no esquema de corrupção no âmbito da Petrobras em favor do senador Lindbergh Farias Filho, nenhum dos elementos informativos corroborou a hipótese fática que ensejou a instauração do presente inquérito, trazida pelo colaborador Paulo Roberto Costa”, escreveu Janot no pedido de arquivamento.

Fachin atendeu a pedido do dia 24 de janeiro, do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que disse não ter encontrado elementos suficientes para o prosseguimento da investigação. Mas, se surgirem novas evidências, a investigação poderá será reaberta.

“Ressalto, como inclusive requer o Ministério Público Federal, que o arquivamento deferido com fundamento na ausência de provas suficientes não impede o prosseguimento das investigações caso futuramente surjam novas evidências”, escreveu Fachin.

Segundo Costa, quando candidato ao Senado em 2010, Lindbergh teria solicitado R$ 2 milhões da cota do PP relativa ao esquema de corrupção na Petrobras. 

Lindbergh era alvo de investigação por suspeita de corrupção passiva qualificada e lavagem de dinheiro. Em novembro do ano passado, relatório da Polícia Federal já havia recomendado o arquivamento.

O senador respondia pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro por supostamente ter recebido R$ 2 milhões para sua campanha ao Senado em 2010. As acusações partiram do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, que se tornou delator da Lava-Jato. Em depoimento, Lindbergh negou as acusações.

A Polícia Federal (PF) também já tinha sugerido o arquivamento em novembro do ano passado.