Maioria votou para condução de indicado pelo presidente

Por 55 votos a 13 contra, sendo ao menos dois dos senadores Simone Tebet e Moka (PMDB) de Mato Grosso od Sul, o Plenário do Senado aprocou nesta quarta-feira (22) a indicação de para a vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Moraes assumirá a cadeira deixada por Teori Zavascki, que morreu no mês passado, após o avião em que viajava cair no litoral do Rio de Janeiro.

Alexandre de Moraes é formado em direito pela Universidade de São Paulo (USP) e iniciou a carreira como promotor de Justiça no Ministério Público de São Paulo, em 1991, cargo que exerceu até 2002, quando se tornou ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do governo Geraldo Alckmin (PSDB) em São Paulo, Moraes era filiado ao PSDB até ser indicado por Temer para o cargo no STF.

Na noite de terça-feira (21) a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) havia aprovado a indicação de Moraes para a Corte máxima. Ele foi questionado por 32 senadores por quase 12 horas. Moraes recebeu 19 votos favoráveis e 7 contrários, num colegiado de 27 senadores. A votação foi secreta.

Moraes deixou o Ministério da Justiça depois que Temer o escolheu para a vaga que se abriu na Corte máxima com a morte de Teori, e licenciou-se do Ministério da Justiça para aguardar a decisão do Senado. A oposição critica o fato de o preferido de Temer ter sido filiado ao PSDB.

Moraes tem 48 anos e poderá ocupar uma cadeira no STF até completar 75. Assim que tomar posse na Suprema Corte, o agora ex-ministro da Justiça herdará de Teori Zavascki 7,5 mil processos, porém não será o relator da Lava Jato, isso porque Edson Fachin já foi sorteado. Moraes será o revisor dos processos.

Mais cedo, o Jornal Midiamax falou com os senadores, que confirmaram a aprovação de Moraes após a sabatina nesta terça.