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Após chacina em MT, Brasil já tem ao menos 19 mortes no campo em 2017

Os assassinatos ocorreram em mais cinco Estados
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Os assassinatos ocorreram em mais cinco Estados

A chacina na zona rural do município de Colniza (MT), que deixou nove mortos na quinta (20), elevou para 19 o número de assassinatos decorrentes de conflitos no campo registrados pela CPT (Comissão Pastoral da Terra), órgão ligado à CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do ) neste ano.

Segundo informações da CPT, os assassinatos ocorreram em mais cinco Estados, além do Mato Grosso: Alagoas, Maranhão, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Rondônia. Nos quatro primeiros, houve uma morte em cada. Já em Rondônia, foram registradas seis mortes.

Rondônia foi justamente o Estado em que os conflitos agrários foram mais sangrentos em 2016, de acordo com pesquisa da CPT divulgada este mês. No ano passado, a unidade da federação foi palco de 21 dos 61 assassinatos registrados pela entidade em todo o país. No Mato Grosso, houve duas mortes.

A chacina acontece na semana que marca 21 anos do massacre de Eldorado dos Carajás (PA),quando 19 sem-terra foram mortos e mais de 70 ficaram feridos em uma operação truculenta e atabalhoada, ordenada pelo governo do Pará e executada pela Polícia Militar.

Mais de 6 mil famílias em áreas de conflito no MT

Ainda segundo o levantamento da CPT correspondente a 2016, 6.601 famílias do Mato Grosso viviam em 41 áreas de conflito agrário. O Estado era o sexto no ranking nacional de conflitos, atrás de Rondônia (7.039 famílias), Amazonas (8.167), Bahia (14.918), Pará (18.167) e Maranhão (18.167). No Brasil, eram 121.552 famílias em áreas de conflito por terra.

Com área de 27 mil km² –aproximadamente a mesma do Estado de Alagoas– a cidade de Colniza fica a 1.065 quilômetros de , a capital mato-grossense. É marcada por conflitos fundiários, como toda a região do noroeste do Mato Grosso. Pequenos e grandes agricultores, extrativistas, madeireiras, grileiros e indígenas disputam o espaço. A zona rural do município é de difícil acesso, com infraestrutura precária de transportes.

Em 2015, segundo monitoramento do Instituto Imazon, Colniza liderou o ranking de desmatamento de toda a Amazônia Legal, área que abrange a região Norte, o Mato Grosso e parte do Maranhão. No último levantamento do Imazon, com dados de fevereiro e março deste ano, a cidade era a décima onde mais se desmatava.

Segundo a CPT, em 2007, dez trabalhadores foram torturados e sequestrados por um grupo de fazendeiros da região. Eles atuariam em conjunto com uma organização envolvida na extração de madeira ilegal justamente na área de Taquaruçu do Norte.

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