Jovair teria usado servidor em campanha eleitoral

O Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO) condenou o deputado Jovair Arantes (PTB-GO) ao pagamento de multa de R$ 25 mil pelo uso dos serviços de funcionário público em seu comitê de campanha eleitoral de 2014 durante o horário normal de expediente. O petebista foi o relator do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) na Câmara dos Deputados, e deu parecer favorável ao afastamento da petista.

A representação contra o deputado foi apresentada pelo Ministério Público Eleitoral. Segundo o TRE, a Lei das Eleições estabelece que o servidor só poderia trabalhar se estivesse licenciado. A Justiça concluiu que o servidor não estava licenciado, conforme informou reportagem da UOL.

O relator do processo, juiz Fabio Cristóvão, afirmou que policiais constataram a presença do servidor nas dependências do escritório político do deputado. Para o magistrado, ficou comprovado que o funcionário público prestava serviços ao então candidato durante sua campanha eleitoral.

A denúncia aponta que o então presidente da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), Rubens Rodrigues dos Santos cedeu um servidor para trabalhar no comitê de campanha do parlamentar. Rubens, desde 2015 vice-presidente de Operações Corporativas da Caixa Econômica Federal, afirmou à Justiça que o local citado na denúncia não corresponde ao Comitê de Jovair, e sim, ao escritório de representação parlamentar. Ele foi inocentado no caso. Segundo Rubens, não há provas nos autos que o servidor da Conab tenha prestado qualquer serviço ao deputado.

(Sob supervisão de Ludyney Moura)