Pular para o conteúdo
Brasil

Planalto opera e PSDB, DEM e PSB adiam votação de caso Cunha para setembro

Governo Temer atuou diretamente no caso 
Arquivo -

Governo Temer atuou diretamente no caso 

Após uma operação do Palácio do Planalto, a antiga oposição – PSDB, DEM e PSB – concordou em deixar a votação do processo de cassação do mandato do deputado afastado  (PMDB-RJ) para depois do julgamento final do da presidente afastada Dilma Rousseff. Com a mudança de posição, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse a parlamentares que a sessão deve ocorrer entre 12 e 16 de setembro.

O governo do presidente em exercício Michel Temer atuou para adiar a votação da cassação de Cunha porque receia que ele possa atrapalhar o impeachment caso perca o mandato antes.

O temor do Palácio do Planalto é de que o deputado afastado saia “atirando” contra membros do governo, o que pode vir a “tumultuar” a votação final do impeachment, prevista para entre o fim de agosto e começo de setembro. A tese já era defendida pelo Centrão – grupo de partidos da base liderados por PP, PSD e PTB -, mas enfrentava resistência no PSDB e no DEM.

O discurso único da base foi acertado durante café da manhã terça-feira, 9, entre Maia e líderes do Centrão e da antiga oposição. O encontro ocorreu na residência oficial da presidência da Câmara. Foi a primeira reunião do presidente da Casa com líderes partidários no local.

Consenso

“Houve consenso. A maioria concordou em ser depois do impeachment (de Dilma)”, afirmou o líder do PSB, Paulo Folleto (ES). Ele disse ter mudado de posicionamento para acompanhar a decisão da maioria.

“Houve uma opinião da maioria. Como sou base, tenho que aceitar. Não vou ficar brigando”, ressaltou. “É melhor deixar para depois do impeachment, por estratégia. Para evitar tumulto, evitar estresse”, completou o líder do DEM, Pauderney Avelino (AM).

O único líder da antiga oposição que diz ter se posicionado contra a maioria foi o do PPS, deputado Rubens Bueno (PR). “Não concordei. Coloquei a minha posição de continuar cobrando a votação o mais rápido possível”, afirmou. Ele disse ter sido o “único” das lideranças presentes a reafirmar que vai continuar cobrando em plenário que Maia faça a votação o mais célere possível.

Segundo deputados do PP, PSD, PMDB, PSDB e PCdoB, Maia afirmou que não dará para fazer a votação na próxima semana, pois não haverá atividades na Câmara, em razão do início da campanha eleitoral. Nas duas semanas seguintes, também não seria possível, pois será a votação do impeachment no Senado. Na primeira semana de setembro, também não daria, por conta do feriado de 7 de Setembro. Resta, portanto, a semana entre 12 e 16 de setembro. Maia prometeu anunciar hoje a data exata.

Protesto

Partidos da oposição protestaram contra a demora na votação da cassação de Cunha. Ontem, PSOL e Rede fizeram um ato para marcar os 300 dias desde que a representação contra o peemedebista foi protocolada no Conselho de Ética. “Usar o impeachment para adiar a votação é desculpa de quem tem medo de enfrentar a verdade”, disse o líder da Rede, Alessandro Molon (RJ).

O grupo promete aumentar a pressão caso a votação fique para depois do impeachment. “Vai ter guerra aqui”, disse José Guimarães (PT-CE).

Tramitação

Na segunda-feira, 8, o parecer pela cassação do mandato de Cunha aprovado pelo Conselho de Ética foi lido no plenário da Câmara. A leitura é a última etapa do processo, antes da votação em plenário. A partir dela, o pedido deve entrar como prioridade na pauta de votações do plenário em até duas sessões ordinárias, ou seja, a partir de hoje. A prioridade, no entanto, não obriga que seja votado. Mesmo trabalhando para adiar a votação, aliados de Cunha consideram a cassação provável.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Idoso morre nove dias após sofrer acidente com bicicleta elétrica em MS

Morre idosa atropelada na Avenida Duque de Caxias em Campo Grande

Procurando emprego? Funtrab oferece mais de 790 vagas na próxima segunda-feira

Içamento de vigas é concluído com antecedência e trânsito na BR-163 é liberado

Notícias mais lidas agora

bolsonaro

‘Hora de colocar a cara’: políticos de direita se manifestam sobre ato pró-Bolsonaro em MS

Morre idosa atropelada na Avenida Duque de Caxias em Campo Grande

Governo dos Estados Unidos revoga vistos de Moraes e mais 7 ministros do STF

Em celebração dos 45 anos de curso, veteranos de Artes da UFMS se emocionam ao lembrar de colega falecido

Últimas Notícias

Emprego e Concurso

Programe-se: semana começa com 2,5 mil vagas de emprego na Funsat

Na segunda-feira, empresas abrem vagas em 132 profissões e a maioria não exige experiência para ingressar

Política

Lobista investigado por intermediar venda de sentença em MS recebe liberdade

Andreson de Oliveira Gonçalves irá cumprir prisão domiciliar após defesa alegar piora na saúde

Cotidiano

‘Todo ano é assim’: Bombeiros combatem incêndio em terreno na Vila Carlota

Chamas se espalharam pelo lote por volta de 13h30, na Rua Flávio de Matos, Vila Carlota

Emprego e Concurso

Seguem abertas inscrições de processo seletivo do IFMS para professor substituto em Jardim

Vagas são nas áreas de Arquitetura e Informática