Segundo partido, havia decisão expressa da sigla sobre votação

A direção do PDT iniciou nesta segunda-feira (18) o processo de expulsão dos seis deputados federais do partido que, ontem (17), votaram a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), contrariando determinação expressa do Diretório Nacional.

A decisão de votar contra o impeachment foi tomada em dezembro do ano passado, conforme o próprio partido, sendo referendada posteriormente, por unanimidade, pelo Diretório Nacional durante reunião em Brasília, no dia 22 de janeiro deste ano.

De acordo com o PDT, na última sexta-feira (15), em reunião da Executiva com integrantes da Comissão Nacional de Ética, presidentes dos movimentos de base partidário e integrantes das bancadas do PDT na Câmara e no Senado, esta decisão foi novamente reafirmada.

A assessoria do partido informou, que após a votação de ontem, os membros da Comissão Permanente se reuniram nesta manhã (18), em Brasília, para discutir “o comportamento dos deputados do PDT e, ao final, confirmaram a decisão de expulsar os deputados infiéis”.

Votaram contra a determinação da direção do partido e foram expulsos, de ofício, os deputados federais Mario Heringer (MG), Sérgio Vidigal (ES), Giovanni Cherini (RS), Flávia Morais (GO), Subtenente Gonzaga (MG) e Hissa Abrahão (AM).

A expulsão já está publicada no site ficial do partido. “A Comissão de Ética, como anunciado, iniciou os processos de expulsão garantindo a todos amplo direito de defesa previsto na legislação e nos estatutos; e vai submeter o seu parecer ao Diretório Nacional do PDT já convocado para decidir sobre o assunto no próximo dia 30 de maio, no Rio de Janeiro”, diz.

Ainda conforme a publicação, os parlamentares que forem dirigentes estaduais serão destituídos dos cargos, caso do Espirito Santo, presidido por Sergio Vidigal, e Goiás, presidido por Georges Morais. Também serão destituídas as comissões provisórias do PDT nos estados de Minas Gerais e Amazonas presididas, respectivamente, pelos deputados Mario Heringer e Hissa Abrahão.

Os parlamentares, segundo o partido, estavam avisados por escrito que corriam risco de expulsão caso não votassem contra o impeachment.