Aliados devem lutar pelos direitos do peemedebista

O deputado Beto Mansur (PRB-SP), em entrevista à Agência Brasil, afirmou que o presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), deve ter os mesmos direitos assegurados à presidente Dilma caso seu afastamento seja aprovado no plenário: receber R$ 16.881,00 ao mês – metade do que recebe atualmente – e o direito de permanecer na residência oficial da presidência da Casa, com seguranças e carro oficial.

Mansur argumenta que o afastamento do deputado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) se trata de um fato inédito, e que a decisão pode ser revertida. Waldir Maranhão (PP-MA), atual presidente da Câmara, deve assinar o ato regulamentando os direitos de Cunha. Maranhão é aliado de Cunha e também é investigado na Operação Lava-Jato.

A Mesa Diretora da Câmara deve se decidir ainda nesta segunda-feira (9) sobre a presidência da Casa e o futuro do deputado afastado. Segundo Mansur, nenhuma reunião foi marcada até então. O deputado espera os outros integrantes da mesa em Brasília para tomarem um posicionamento, mesmo com resistência na decisão pelos direitos de Cunha.

Presidência – Os partidos DEM e PSDB estão defendendo pedir a vacância da presidência da Casa e consequentes novas eleições à Comissão de Constituição e Justiça, que se reunirá na próxima quinta-feira (12). Pelo regimento interno da Câmara dos Deputados, o cargo de presidente só fica disponível em casos de morte, renúncia ou perda de mandato. Cunha já anunciou que não pretende renunciar.

(Sob Supervisão de Ludyney Moura)