Caso ocorreu em Belém, no Pará

Um menino de 12 anos morreu nesta madrugada, em um pronto socorro de Belém, capital do Pará. Coberto de hematomas e feridas, o menino foi levado para o pronto socorro mas, por volta das 4h sofreu cinco paradas cardíacas e morreu. A família diz que o menino Eduardo Cordeiro foi espancado em um caso extremo de bullying escolar.

A família foi avisada na tarde de ontem que o menino havia sido espancado. A tia da vítima afirma que, quando chegaram na direção da , ele já estava todo machucado. “Ele estava todo batido, na sala da diretora. Ela não deu nenhuma explicação. Meu irmão acha que deram pauladas nele. Chegamos a levar ele pra casa, mas ele tinha muitos hematomas, ficou roxo, Levamos pro Pronto Socorro, fizeram exames, tentaram reanimar. Umas três horas [da madrugada] ele teve cinco paradas cardíacas e morreu às 4h”, afirma Rosilene Leal, tia da vítima.

A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) afirmou em nota que está apurando as circunstâncias da morte, e trabalha com duas hipóteses: o espancamento, motivado por bullying, ou uma queda, supostamente sofrida durante o intervalo da aula. Segundo a tia, o menino ja vinha sofrendo bullying na escola, e chegou recentemente a apanhar de outro aluno. “Ele era um menino diferente, branquinho, franzino. Ele tinha medo de falar. No mês de junho, um moleque deu uma surra nele”, ela afirma. A família registrou um boletim de ocorrência, e as atividades na escola Santo Afonso foram suspensas.

Veja a nota da Seduc na íntegra:

A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) tomou conhecimento do fato ocorrido em relação ao estudante Eduardo de Souza Cordeiro, 12 anos de idade, matriculado no 6º ano do Ensino Fundamental da Santo Afonso, no bairro do Telégrafo.

A Seduc apura as circunstâncias nas quais o fato se deu. A Secretaria de Educação levanta informações sobre duas versões do fato: a de que o aluno sofreu uma queda durante o intervalo de aula, na tarde da terça-feira, dia 30, e a outra de que foi vítima de agressões motivadas por bullying, ainda que a escola não possua histórico de agressões entre estudantes.

Uma equipe de psicólogos e técnicos da Seduc presta assistência aos familiares do estudante que e encontram no Instituto Médico Legal.

A Seduc, através da sua Ouvidoria, acompanhará o inquérito policial que vai apurar os fatos.

As aulas na Escola Santo Afonso foram suspensas, de vez que os estudantes da unidade escolar encontram-se solidários com os familiares do aluno em questão.