Jovem morto pela polícia não estava armado, afirmam testemunhas

Julio tinha 24 anos e estudava Logística em SP

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Julio tinha 24 anos e estudava Logística em SP

Uma testemunha do caso do estudante Julio Cesar Alves Espinoza, 24, morto esta semana durante perseguição policial na Grande São Paulo, afirma que viu a ação e que um policial teria jogado uma arma no carro da vítima, depois de Julio ser baleado.

Em entrevista ao programa ‘Jornal Hoje’, da TV Globo, a testemunha disse que viu o policial atirando dezenas de vezes. “Eu vi quando estava chegando às 3h30 da manhã. Entrei na rua, as polícias vieram atirando no rapaz tava dando fuga. E aí pegaram e descarregaram mais de 50, 100 tiros”, declarou.

“Não teve em nenhum momento troca de tiro. A hora que parei meu carro na avenida eles entrou atirando e moleque veio cambaleando com carro de lá de baixo até aqui. Aí ele se perdeu ali, bateu e ali foi uma sessão de tiro. Terror mesmo. Parecia bangue bangue”, concluiu em entrevista ao telejornal.

Outra testemunha, ouvida pelo jornal Folha de S. Paulo, disse que o jovem não estava armado.  “Não tinha precisão de dar tiro. Quando o moleque parou, ‘sentaram’ ainda mais bala para cima. Ouvimos mais de 40 tiros. Foi ‘uma par’ de tiros. O moleque não tinha arma na não”.

Julio Cesar Alves Espinoza morreu na terça-feira (28) após ser atingido por um tiro na cabeça, na zona leste de São Paulo. Ele dirigia o Gol da família, voltando para casa após trabalhar em um buffet, de acordo com a família.

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