Festival Latinidades discute o papel da mulher negra na comunicação
Início do Festival Latinidades
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Início do Festival Latinidades
A ocupação de parte da Rodoviária do Plano Piloto, no centro de Brasília, marcou hoje (25) o início do Festival Latinidades. Com balões, música e cerimônia religiosa, o evento celebrou também o Dia da Mulher Afro-Latino-Americana e Caribenha. A comunicação, com foco no marketing, jornalismo e nas redes sociais, é o tema da nona edição do evento.
Este ano, o festival vai destacar o protagonismo das mulheres negras e o enfrentamento ao racismo nesses meios. O Latinidades vai dia 31 de julho, com atividades concentradas no Museu Nacional, na Esplanada dos Ministérios. A programação, disponível no site www.afrolatinas.com.br, inclui debates, conferências, lançamentos de livros, oficinas, cinema, feiras e shows, entre outras atividades.
“A ideia é pensar como os meios de comunicação podem ser usados no combate ao racismo e dar visibilidade à produção intelectual, cultural e jurídica dos negros em geral, especialmente das mulheres negras”, explicou a coordenadora de atividades formativas do Latinidades, Bruna Pereira. A expectativa da organização é receber 2 mil pessoas de todo o país durante o evento.
Para a publicitária baiana Larissa Santiago, do coletivo Blogueiras Negras, o evento é uma oportunidade para divulgar “como cada elemento do povo negro é comunicado à sociedade”. “A música, a religião, a forma de escrever e até mesmo o silêncio é uma forma de comunicar”, destacou.
O Latinidades também coloca em pauta a sororidade, termo usado para expressar empatia e companheirismo entre as mulheres, que tem ganhado força nas redes sociais e entre as militantes pela igualdade de gênero. “O termo é novo para uma prática antiga, que é irmandade, a solidariedade. É ter tempo de se ajudar, de olhar para o outro e ver o que nos une mais do que o que nos afasta”, ressaltou Larissa.
Programação
Nesta terça-feira (26), às 19h30, haverá debate no festival sobre a atual estrutura do sistema de comunicação brasileiro e a luta pela construção de um espaço público midiático plural e voltado à promoção da justiça social. Duas jornalistas da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) participarão do debate: Juliana Cézar Nunes (secretária-executiva do Conselho Curador da EBC) e Luciana Barreto (âncora do Repórter Brasil Tarde). Os outros debatedores serão o fundador da Casa de Cultura Tainã e da Rede Mocambos (que atuam para a apropriação de softwares livres por comunidades quilombolas, indígenas e periféricas), Mestre TC (SP), e o produtor cultural do Rio de Janeiro Dom Filó, um dos mentores, na década de 1970, do Movimento Black Rio.
A mídia tradicional e a falta de diversidade de vozes da sociedade brasileira serão tema da mesa de discussão da quarta-feira (27), às 10h. O debate vai mostrar como grupos marginalizados têm resistido à invisibilidade e aos estereótipos com projetos colaborativos, tecem redes, propõem outras formas de comunicar, e fazem soar as vozes das periferias. O feminismo negro e o empoderamento das mulheres negras nos meios de comunicação, por ferramentas digitais e redes é o tema do #ELLASDebatem, também na quarta, a partir das 17h30.
Na quinta-feira (28), às 15h, estarão em pauta arte e cultura como instrumentos de troca, denúncia e reinvenção. A artista visutal Renata Felinto, a advogada Eliane Dias, a escritora Jarid Arraes e a jornalista Sueide Kintê discutirão como imagens, palavras e ritmos falam de vivências, ao mesmo tempo em que desafiam desigualdades e injustiças, contestam certezas e articulam mudanças.
Na sexta-feira (29), às 19h30, haverá uma conferência com a escritora norte-americana Kimberlé Crenshaw sobre interseccionalidade, conceito que influenciou a elaboração da cláusula sobre equidade na Constituição sul-africana. Refêrencia em Direitos Civis, na Teoria Feminista Negra no Direito e no tema de raça, racismo e direito, Kimberlé Crenshaw é professora da Universidade da Califórnia e na Universidade de Columbia.
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