Ao todo, 10 foram presos por preparar atos terroristas

O ministro da Justiça, , convocou coletiva de imprensa nesta quinta-feira (21) para falar sobre os detidos pela Justiça por suspeita de preparar atos terroristas durante os do Rio. Ao todo, 10 foram presos e as investigações, que possuem mais dois mandados de busca, seguem em 10 estados.

Na entrevista, Moraes afirmou que as autoridades trabalham para “verificar se há mais ramificações ou não”. Ele também pediu calma nas apurações e prometeu que as informações serão passadas com transparência, e que a imprensa deve ter “cuidado para não haver notícias inexistentes”.

O ministro classificou como “absurda” a notícia recente de que um homem teria sido preso por planejar ataque contra o evento e chamou de “desorganizada” a célula que agia no Brasil pelas redes sociais. “Toda informação que meios da mídia tiverem, pedimos que chequem”, ressaltou o ministro. “Informações passadas antes atrapalham as investigações”, acrescenta.

Ligações com Estado Islâmico

Ele também informou que a prisão da quinta-feira foi a primeira por no Brasil. No entanto, segundo o ministro, o grupo preso não era diretamente ligado ao Estado Islâmico. “Fora juramento de internet, não houve ligações”, garantiu.

“Esses 10 se comunicavam pelo Telegram ou WhatsApp. Duas duplas se conheciam presentemente. Com o Estado Islâmico,  alguns fizeram juramento pela internet”. Moraes acredita que jurar lealdade a grupos virtualmente não configura necessariamente ligação com a organização. “É só chegar na internet e fazer”, declara.

A organização jihadista não financiou o grupo de nenhuma forma, afirma o ministro. “Houve pedido do suposto líder, mas não houve nenhum ato de financiamento”. Ele também disse que uma “célula organizada não procuraria comprar armas pela internet”. Sobre o conteúdo das mensagens trocadas, afirma que “qualquer resposta nesse sentido atrapalha”.

Atos preparatórios

Os dois investigados que não foram detidos não estão foragidos, lembra o ministro. “Dois não pegos estão rastreados”.  Os suspeitos não tiveram suas identidades divulgadas. Com exceção dos fatos de serem todos brasileiros e maiores de idade, Moraes ressaltou que nenhuma informação pessoal sobre eles será passada por enquanto.

Os membros do grupo virtual que reivindica ligação com o Estado Islâmico foram presos por atos preparatórios de terrorismo. O ministro explicou que, ao contrário de qualquer outro crime, a Lei Antiterror permite que uma pessoa seja presa por evidências de planejamento.

“Só é possível executar prisão temporária se já houver atos executados. No caso do terrorismo, não é necessário”, diz. Como atos preparatórios, estão classificados, de acordo com Moraes, portar arma e fazer treinamento de artes marciais, desde que haja finalidade clara de fins ligados a ações terroristas.