Manifestantes pedem a saída de

Manifestantes protestam na Avenida Paulista, neste domingo (4), em São Paulo, contra o impeachment de Dilma Rousseff, afastada do cargo pelo Senado Federal, na semana passada. Eles pedem a saída do presidente Michel Temer (PMDB) e a realização de novas eleições para presidente no país.

De acordo com a Agência Brasil , o foi organizado pelos movimentos Frente Povo Sem Medo e Frente Brasil Popular, contando com a participação de políticos. “Hoje é mais uma mobilização popular pelo Fora Temer exigindo Diretas Já, eleições para presidente do país, e defendendo nossos direitos”, disse Guilherme Boulos, um dos líderes do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) e da Frente Povo Sem Medo”.  

A concentração foi marcada para a frente do Masp ( Museu de Arte de São Paulo), onde os manifestantes estão, neste momento. A ideia dos organizadores é seguir em caminhada até o Largo da Batata, passando pela Avenida Rebouças. Apesar de o ato ocorrer de forma pacífica, houve momento de tensão, quando uma fila de policiais militares começou a chegar ao local, acompanhada de vaias e gritos de frases como “queremos o fim da Polícia Militar e fascistas”.

 Um dos manifestantes arremessou uma garrafa em direção aos policiais e um dos policiais ameaçou responder, mas isso não aconteceu. Do caminhão de som, os organizadores pediram calma aos manifestantes, pedindo que não respondessem a provocações.

Em São Paulo, a semana foi marcada por protestos contra o impeachment de Dilma Rousseff e por pedidos de Fora Temer. Houve protestos de segunda a sexta-feira e, em todos, houve repressão da Polícia Militar e violência. Em um deles, uma manifestante apresentou ferimentos no olho e corre o risco de perder a visão. Nos últimos protestos, foi constatada a presença deblack blocs, com depredações de bancos e de lojas.

Para Vagner Freitas, presidente nacional da CUT (Central Única dos Trabalhadores) e um dos líderes da Frente Brasil Popular, o ato de hoje na Avenida Paulista é fechado em três temas: “É o Fora Temer e esse desgoverno ilegítimo; nenhum direito a menos, porque o que se apresenta é a retirada de direitos dos trabalhadores e sociais e da democracia; e o povo quer lutar. Consideramos esse governo ilegítimo e seria importante, para voltar a normalidade democrática, que a população pudesse ser atendida em uma votação direta para legitimar o governo”, disse.Em ato na Avenida Paulista, manifestantes pedem novas eleições

Freitas disse não esperar por confrontos no protesto de hoje. “Da nossa parte, não. Mas não tenho dúvida nenhuma de que a imprensa deve denunciar ao mundo a escalada de violência que vive o Brasil. É lamentável que uma menina perca a visão, não sei se perdeu, espero que não, mas essa possibilidade dela perder a visão, e a polícia não fazer nada e o secretário não dar uma reclamação sobre isso.”

Segundo o presidente da CUT, os manifestantes decidiram fazer uma caminhada para indicar que “estão em movimento”. “Movimento é movimento. Queremos demonstrar que estamos em luta e na rua e não vamos ficar parados”.

O Palácio do Planalto informou que não haveria declarações do presidente Michel Temer sobre o assunto. A Polícia Militar não divulgou o número de manifestantes até este momento.