Temer sugere que empresas doadoras escolham apenas um candidato

Temer criticou o atual sistema

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Temer criticou o atual sistema

O vice-presidente Michel Temer propôs nesta segunda-feira que ainda este ano seja aprovada, com caráter “urgente”, uma reforma política que aceite o financiamento privado, mas sugeriu que as empresas sejam obrigadas a apoiar apenas um candidato.

“A reforma não pode passar deste ano. Se não for feita este ano, poderemos esquecê-la”, disse Temer em palestra para empresários na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

A proposta de Temer, presidente do PMDB, principal força aliada da presidente Dilma Rousseff, é que o atual Congresso faça a reforma política que poderia entrar em vigor dentro de oito anos, uma vez terminados os atuais mandatos legislativos.

O PT de Dilma defende uma reforma constitucional com uma Assembleia Constituinte que leve adiante as mudanças no funcionamento da política no país.

Ao contrário do PT, que defende o financiamento público das campanhas eleitorais, Temer propôs que as empresas privadas possam contribuir às campanhas, mas apenas para um candidato ou um partido.

“O financiador não faz isso de forma ideológica ou por identificação, mas financia todos os partidos porque quer estar com o governo”, avaliou.

Temer criticou o atual sistema ao afirmar que “tornou banal” a fundação de partidos políticos e entre suas iniciativas está a de reformar o sistema de eleição de deputados e vereadores.

“Para mais adiante poderia ser revisto o tema da reeleição, que poderia ser transformada em um mandato de cinco ou seis anos, mas isso não seria parte desta reforma para este ano”, destacou.

Para Temer, uma eventual reforma política feita pelo atual Congresso poderia entrar em vigor dentro de oito anos, algo que, julgou, “é muito pouco para a vida de um país”.