MEC diz que Capes garante 90% da verba para pós-graduação em 2015

Ministério divulgou nota dizendo que verba R$ 1,6 bilhão está garantida

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Ministério divulgou nota dizendo que verba R$ 1,6 bilhão está garantida

O Ministério da Educação anunciou, na noite deste sábado (11), que a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) garante que 90% da verba prevista para os programas de pós-graduação em 2015, o equivalente a R$ 1,65 bilhão. Em nota, o MEC diz ainda que nenhuma bolsa de estudo será interrompida.

Leia a íntegra da nota do MEC:

“A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) assegura o repasse de 1,65 bilhões de reais para os seus programas de pós-graduação (Proex, Prosup, Reuni e Proap). O montante é equivalente a 90% do valor previsto para 2015. O Ministério da Educação e a Capes enfatizam o compromisso com a pós-graduação e a pesquisa científica. Ressaltamos ainda que nenhuma bolsa de estudo será interrompida.”

Corte de 75%
O comunicado foi divulgado depois que, na tarde de sexta-feira (10), universidades federais terem criticado o anúncio da Capes de redução dos repasses previstos para as instituições. Em seu site, a Universidade Federal da Bahia (UFBA) afirmou ter sido informada que o valor esperado para seus programas de pós-graduação seria de R$ 4,2 milhões, mas que recebeu da Capes a notícia de que o valor foi reduzido para R$ 1 milhão, uma redução de cerca de 75%.

“A implementação desta medida levará à paralisação, de fato, da atividade de pós-graduação na Universidade Federal da Bahia”, anunciou a UFBA.

Na Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), um comunicado afirma que o Conselho Universitário da instituição (Consuni) aprovou uma moção em defesa aos programas de pós-graduação, onde afirma que o corte de verbas é “inaceitável”.

“O anúncio de cortes de 75% dos mencionados programas coloca em risco o trabalho de muitas gerações que se dedicaram à organização da pós-graduação e afeta de modo irreparável cada um dos programas de pós-graduação da UFRJ e das demais universidades públicas. O inaceitável corte torna-se mais grave quando inserido no quadro mais geral de cortes orçamentários das Federais e dos contingenciamentos de exercícios anteriores”, disse o Consuni.