Cunha quer votar leis de segurança pública até o fim do mês

Pezão ainda pediu publicamente que Cunha leve adiante a discussão da reforma tributária

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Pezão ainda pediu publicamente que Cunha leve adiante a discussão da reforma tributária

Até o fim do mês, leis relacionadas a segurança pública podem ser alteradas no Congresso Nacional. A pedido do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, afirmou que deve fazer uma força-tarefa para votar leis que endureçam crimes contra policiais, reincidências de menores infratores e mudar a punição para o crime contra roubo de caixas eletrônicos. “Tem um quarto ponto que não me recordo. Vamos tentar fazer uma semana só de segurança pública e votarmos logo”.

O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, lembrou que segurança custa muito caro aos Estados do Sudeste. “Estamos perdendo de três a quatro policias por semanas, pessoas que querem levar a paz a comunidades. A segurança é muito cara e não podemos brincar. Temos que ter isso na discussão do Congresso Nacional”, afirmou Pezão, dizendo estar em sintonia com Alckmin, com Paulo Hartung, do Espírito Santo e com Fernando Pimentel, de Minas Gerais.

Pezão ainda pediu publicamente que Cunha leve adiante a discussão da reforma tributária, que ele afirma que sufoca Estados e municípios com muitas obrigações e com a arrecadação indo para o governo federal. Eduardo Cunha disse no seu discurso que, na próxima semana, vai convidar os governadores a Brasília para o lançamento de uma ampla discussão do pacto federativo, através de uma comissão especial da Câmara, que terá a presidência do ex-governador de Pernambuco Jarbas Vasconcellos. “Vamos percorrer o País para que a gente possa definir que obrigações cada ente vai ter e como cada um vai se financiar”, disse.

Cunha mandou recados claros ao governo de que o Congresso não será refém do executivo. “Esse é um Congresso que quer trabalhar. Se desagradar o poder executivo, que eles tenham maioria para derrubar a pauta. Não há pauta proibida para nós”, afirmou. E falou da crise e da reforma política. “É uma crise mais política do que econômica. Minha posição é clara e não vamos ser submissos, porque o congresso representa a sociedade. No primeiro dia evoquei a reforma política, que estava sendo obstruída pelo PT. Dei andamento a ela, o prazo é de 40 sessões, como está no regimento, e vamos votar. Não tenho a menor dúvida disso”.

Eduardo Cunha foi homenageado pela Associação Comercial do Rio. Ele foi saudado pelo presidente da Associação Comercial, Antenor de Barros, como “o novo herói do Rio”. “Antigamente, parlamentares ficavam curvados ao governo para ter uma verba liberada. O orçamento impositivo que aprovamos significa a liberdade dos parlamentares”, defendeu.

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