CPI só decide pedido de exumação de Janene depois de analisar documentos

O advogado reforçou o apelo para que não seja necessária a exumação do corpo

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O advogado reforçou o apelo para que não seja necessária a exumação do corpo

O presidente da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Petrobras, Hugo Motta (PMDB-PB), disse hoje (21) que vai aguardar documentos que serão enviados pela família do ex-deputado José Janene – e que comprovariam sua morte – antes de decidir se apresenta requerimento de exumação do corpo do ex-deputado morto em 2010.

Ontem, o presidente da CPI foi procurado pela filha de Janene, Daniele Janene, que, em conversa por telefone, se comprometeu a enviar os documentos. Na conversa, ela fez um apelo para que os documentos sejam analisados pelos integrantes da CPI. Na manhã de hoje (21), Motta foi procurado também pelo advogado da viúva Stael Fernanda Janene. O advogado reforçou o apelo para que não seja necessária a exumação do corpo.

“O requerimento está aqui pronto e, em atenção a conversa com a família, não vou apresentar. Houve esse apelo e vamos esperar a documentação chegar. A documentação chegando, a CPI e os parlamentares analisando, e não havendo a necessidade [da exumação], a questão está resolvida. A documentação não chegando, ou sendo frágil, vamos continuar com a investigação porque isso não muda o foco da CPI, é mais uma linha de investigação”, disse Hugo Motta.

Motta reafirmou hoje a necessidade de convocar a viúva de Janene para prestar esclarecimentos na CPI. Ontem (20), ele disse que a CPI poderia pedir a exumação do corpo pois teve informações de que o ex-deputado poderia não estar morto e ter fugido para escapar das condenações da Ação Penal 470, o processo do mensalão, e do esquema investigado pela Operação Lava Jato.

A informação teria sido passada a uma fonte pela viúva de Janene, segundo o presidente da CPI. A filha do ex-deputado se manifestou e disse que a madrasta nega a informação. Mais tarde, Motta disse que o colegiado deveria ouvir antes a viúva de Janene e, caso fossem apresentadas provas cabais de que Janene morreu, a exumação deixaria de ser necessária.