Veículos foram apreendidos durante a Operação Politeia e levados para a Superintendência da PF

 

Os três carros de luxo apreendidos pela Polícia Federal na terça-feira na Casa da Dinda, residência do senador Fernando Collor (PTB-AL) em Brasília, não estão na declaração de bens que ele entregou à Justiça Eleitoral em 2014, quando ele concorreu e venceu a disputa pelo Senado em Alagoas. Ontem, o ex-presidente disse na tribuna que os bens retirados de sua propriedade durante a Operação Politeia, um desdobramento da Lava-Jato, foram “legalmente declarados e adquiridos antes do suposto cometimento dos pretensos crimes”.

Hoje, um Lamborghini como o apreendido por Collor, o segundo modelo mais caro à venda no Brasil custa R$ 3,8 milhões. Os últimos exemplares zero-quilômetro da Ferrari disponíveis no Brasil foram vendidos por R$ 1,9 milhão. E um Porsche zero-quilômetro, hoje, sai por R$ 693 mil.

Segundo o Denatran, a Ferrari é de 2010/2011, o Porsche, de 2011/2012, e o Lamborghini, de 2013/2014. O Porsche tem placa de Maceió. Os outros dois, de São Paulo. 

Na declaração de bens entregue ao Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE-AL), relativa ao ano de 2013, declarou ter 14 carros, mas os veículos apreendidos não estão entre eles. A entrega da declaração de bens é obrigatória para os candidatos que disputam uma eleição.

O carro mais caro declarado por Collor é um BMW (R$ 714,5 mil), seguida por uma Ferrari preta (a apreendida pela PF era vermelha), que tem valor de R$ 556 mil. Os carros declarados totalizam quase R$ 3 milhões.