Atleta brasileiro de polo aquático nega abuso sexual, diz advogado

O advogado disse não saber se Thye deixou ou foi cortado da seleção

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O advogado disse não saber se Thye deixou ou foi cortado da seleção

“Antes de qualquer prejulgamento, é preciso conhecer as acusações e as evidências que as sustentam. Até porque, é preciso levar em conta que, na legislação canadense, o assédio sexual vai de um toque não autorizado, um beijo, até, na outra ponta, o estupro”, acrescentou o advogado.

O advogado disse não saber se Thye deixou ou foi cortado da seleção para regressar ao Brasil, mas confirmou que a delegação brasileira discutia a hipótese de que o goleiro não disputasse o Mundial de Esportes Aquáticos, que teve início hoje (25) em Kazan, na Rússia, onde a equipe estava quando as denúncias vieram a público. 

Segundo as autoridades canadenses, Mattos e outro integrante da equipe brasileira de polo aquático foram à casa da jovem na madrugada do dia 16 de julho, após se conhecerem em um bar, onde os atletas comemoravam a conquista da medalha de prata nos Jogos Pan-Americanos de Toronto.

De acordo com a inspetora de Crimes Sexuais, Joanna Beaven-Desjardins, a vítima afirma que, a certa altura, decidiu ir dormir. Foi quando, segundo a jovem, Mattos a seguiu até o quarto e abusou sexualmente dela. Ainda segundo a vítima, uma amiga dela estava presente. A políciaemitiu um mandado de prisão com a foto e dados do atleta, além de um número de telefone para denúncias.

Em nota divulgada hoje, a CBDA afirma que só será possível avaliar a consistência do caso e estabelecer as próximas medidas a serem tomadas após análise dos autos do processo. A confederação lembra que nenhum membro da delegação brasileira foi procurado pelas autoridades canadenses ou recebeu qualquer comunicado oficial antes de deixar o país e viajar para a Rússia.

“O atleta se declara inocente, sendo certo que tanto pela nossa legislação, quanto pela lei canadense, todos são presumidos inocentes até prova em contrário”, afirma a CBDA na nota.