Após 9 dias de ‘sangria’ com professores, cai secretário de segurança do PR
Francischini deixou o posto após ação da PM,em que mais de 200 pessoas ficaram feridas
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Francischini deixou o posto após ação da PM,em que mais de 200 pessoas ficaram feridas
Durou nove dias a sangria do secretário Fernando Francischini (SD) à frente da Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária do Paraná. Nesta sexta-feira, o governo estadual anunciou, em sua página oficial na internet, que o ex-delegado da Polícia Federal “pediu afastamento do cargo”. Assume no lugar dele, interinamente, outro delegado da PF: Wagner Mesquita de Oliveira.
Francischini é o terceiro nome do alto escalão do governador Beto Richa (PSDB) a deixar o governo durante a crise instalada com a repressão a professores, no Centro Cívico da capital paranaense, há nove dias. Na última quarta, o Executuvo anunciara oficialmente a troca de comando na Secretaria de Educação – saía Fernando Xavier Ferreira, em pedido de demissão, para assumir Ana Seres Comin, superintendente da pasta.
Ontem, foi a vez de o comandante da Polícia Militar do Paraná, César Kogut, pedir exoneração do posto e expor ainda mais Francischini a uma situação já delicada: o oficial alegou dificuldades administrativas no trato com a Secretaria de Segurança Pública depois de o ainda secretário afirmar, em entrevista coletiva, que a responsabilidade pela ação no Centro Cívico havia sido da PM.
A repressão da PM sobre manifestantes – a maioria, professores da rede pública estadual – deixou mais de 200 feridos no Centro Cívico da capital parananense, segundo cálculos da Prefeitura de Curitiba, que sediou uma espécie de “posto” de atendimento no dia da confusão. Eles tentavam acompanhar, dentro da Assembleia Legislativa, projeto de lei do Executivo que alteraria as regras da previdência dos servidores estaduais. Aprovada por 30 votos a 21, a matéria acabou sancionada por RIcha já no dia seguinte às cenas que repercutiram no Brasil e na imprensa internacional.
A saída do comandante da PM foi permeada por uma situação pouco comum: Kogut e outros 15 coronéis assinaram um manifesto de repúdio contra as declarações de Francischini e o encaminharam a Richa. Extra-oficialmente, a informação que correu nos jornais paranaenses, esta semana, foi que Richa demitiria Francischini na última quarta, mas teria cedido ante um “apelo” dele.
No documento ao governador, os PMs defenderam que o secretário não apenas sabia, como havia ajudado no planejamento da ação, além de ter conhecimento sobre a possibilidade de feridos. Conforme o documento, o secretário foi informado sobre os passos adotados no dia.
O Ministério Público instaurou procedimento criminal para apurar a conduta do Estado durante a repressão aos manifestantes.
Filiado ao Solidariedade, partido fundado pelo ex-dirigente da Força Sindical Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, Francischini foi reeleito deputado federal em outubro passado e era apontado nos bastidores da política paranaense como provável candidato de Richa à Prefeitura de Curitiba para a eleição de 2016.
No Facebook, o então secretário alimentava a fama de antipetista, com fotos nas quais aparecia segurando cartazes com a mensagem “Fora Dilma!” — os quais ficaram comuns nas recentes manifestações pró-impeachment da presidente reeleita –, e de linha dura contra o crime: “tolerância zero contra drogas e corrupção” era um de seus slogans mais postados.
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