Os títulos e as obras surrealistas escapam à compreensão racional e inspiram-se nas teorias da psicanálise de Freud.

Salvador Dali “Rosa meditativa”, 1958

Surrealismo: como Salvador Dalí transformou Freud em arte
Foto: Reprodução

Para Salvador Dalí, a rosa simbolizava a sexualidade e o corpo feminino, como pode ser verificado nas obras Mulher com a cabeça de rosas (1935) e As rosas sangrentas (1930).

Mulher com a cabeça de rosas (1935)

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As rosas sangrentas (1930).

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Também conhecido como Telefone Afrodisíaco, foi criado por Dalí para o poeta, Inglês Edward James, um grande colecionador de arte surrealista. A ideia para o objeto estranho veio uma noite, quando Dali, Edward James e amigos jantavam. Eles estavam jogando suas conchas de lagosta quando uma caiu sobre um telefone. Pode-se imaginar Dali saltando por cima da mesa de jantar e exclamando: “Eureka”.

Salvador Dali – Telefone Lagosta – 1936

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Dali cria, através desta figuração metafórica que lembra uma ave num espaço desértico, uma associação de imagens mentais, dentro da linha surrealista da interpretação dos sonhos.

Salvador Dali – O Enigma do Desejo (1929)

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Os relógios deformados são uma referência à morte e à impotência sexual. Logo ali, do lado de uma estante com um relógio derretido, abaixo do céu espanhol (a paisagem é inspirada na costa de Barcelona) um rosto cansado, com longos cílios, e um relógio derretido em cima. Como se o fim do tempo tivesse chegado a esta pessoa.

“A persistência da memória”, de Salvador Dalí.