Em um arrojado desfile na Semana de Alta-Costura de Paris, a Schiaparelli desafiou as fronteiras entre o artesanal e o tecnológico, trazendo à passarela um “bebê robô” nas mãos da modelo Maggie Maurer.

Num momento em que a discussão sobre Inteligência Artificial está em voga, a grife conhecida por seu surrealismo apresentou reflexões sobre o futuro da moda e da sociedade com um “bebê” construído a partir de peças de tecnologia pré-2007, como microchips, placas-mãe e celulares antigos.

Confeccionado pela grife Schiaparelli, o bebê robô foi feito com painéis eletrônicos prateados e verdes, placas de circuito incrustadas de pérolas, cabos quebrados, fios e milhares de cristais Swarovski brilhantes. Em nota, o diretor criativo da grife francesa, Daniel Roseberry, conhecido por explorar o DNA surrealista da marca em seus desfiles, explicou os fatores que inspiraram a coleção deste ano. “Esse desfile oferece uma série de perfis, tanto familiares, como não familiares, parte humanos, parte outra coisa. E, portanto, totalmente Schiaparelli”, disse o americano. “Atualmente, a tecnologia com a qual cresci é tão antiquada que é quase tão difícil de obter quanto certos tecidos e enfeites vintage”.

O bebê robô era uma homenagem à Ripley, personagem que tem um filho alienígena nos filmes ‘Alien’.

Fotos : Reprodução/ Rede Social