Em um estudo publicado em abril, no Cell Metabolism, os pesquisadores da UT Southwestern identificaram um hormônio (FGF21) que atua no cérebro para aumentar o desejo de beber água em resposta a estresses específicos de nutrientes que podem causar desidratação. Em pesquisas anteriores, eles descobriram que o FGF21 atua via recompensa do cérebro em camundongos para suprimir o desejo de açúcar e álcool em favor da água potável. Eles sabiam que a exposição ao álcool ou açúcar ativa a produção de FGF21 no fígado. O que eles mostraram no último mês foi que esse hormônio viaja no sangue para uma parte específica do cérebro, o hipotálamo, para estimular a sede, prevenindo a desidratação. Inesperadamente, o FGF21 funciona através de uma nova via que é independente da via clássica da sede da renina-angiotensina-aldosterona nos rins.

Em camundongos, o estudo revelou que o hormônio regula a hidratação (ingestão de água) em resposta ao estresse nutricional. Em um experimento, os pesquisadores descobriram que camundongos normais e camundongos geneticamente incapazes de produzir FGF21 bebiam quantidades similares de água quando recebiam a dieta típica da ração. No entanto, uma dieta cetogênica rica em gorduras / baixos carboidratos estimulou o consumo de água em camundongos normais, enquanto camundongos geneticamente incapazes de produzir FGF21 falharam em aumentar a ingestão de água em resposta a esse estresse nutricional. Esses achados confirmaram o papel do hormônio na via de sinalização. Um segundo achado importante neste estudo é a resposta muito forte ao hormônio em humanos.

Fonte – Estadão Conteúdo

Porque o açúcar e o álcool aumentam a sede
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