Gucci, Burberry e mais marcas de luxo investem alto no mercado de usados e vintage. O número é alto; 40 bilhões de dólares por ano, segundo pesquisa do Boston Consulting Group.

O luxo, de olho nessa fatia lucrativa do bolo, não ficou para trás. Na França, o mercado vintage representou em 2020 mais de sete bilhões de euros de faturamento, sendo mais de um bilhão só na moda.

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Segundo estimativas da ThredUp, uma das maiores plataformas americanas de revenda, até 2027 as vendas de roupas usadas devem superar as das grandes marcas de fast fashion e, sobretudo, gerar até 20% da receita de uma empresa de luxo (dados da Bain & Company).

As maisons de luxo, que antes destruíam as sobras de coleções não vendidas, prática proibida a partir de janeiro de 2022, começaram a enxergar ali um grande filão. Muitas grifes agora veem as peças antigas como uma oportunidade imperdível, tanto do ponto de vista ético, para promover a sustentabilidade das suas criações, como também econômico.

Stella McCartney, Burberry e Gucci, foram as primeiras a entrar no mercado de segunda mão fechando parcerias com a The RealReal, loja online de consignação com 17 milhões de usuários, que vem democratizando o luxo de segunda mão há mais de dez anos.