A iniciativa da artista plástica, ativista e empresária amazonense We’e’ena Tikuna com as suas bonecas sempre foi reafirmar que o consumidor não estava ali levando apenas uma boneca de pano, mas, sim, uma história, que vai contra o preconceito e o não conhecimento da verdadeira história do seu povo.

E a chave da virada foi buscar dar informação e meios de conquistar crianças e jovens pela educação de base. Hoje, a marca de We’e’ena pretende reeducar e contar a verdadeira história do seu povo, aquela que não está nos livros como forma de reafirmar a cultura indígena e sua importância para a formação e entendimento de quem é o povo brasileiro.


Fotos: Reprodução

“Até nas visitas que fazia nas escolas, quando paramentada com minhas roupas tradicionais, as crianças fugiam, choravam e eu não conseguia compreender as reações. Depois entendi que aquilo era resultado da associação da figura passada pelos livros, uma visão que coloca o indígena como alguém que flecha, que mata e que assusta. Um retrato errado de quem somos”, denuncia a empresária.

A artista indígena Weena Tikuna criou as suas próprias bonecas e viu isso se transformar em uma empresa. Ela fabrica manualmente bonecas que carregam parte da cultura do seu povo e que são uma ótima forma de desenvolver a diversidade no universo das crianças.