O envelhecimento da população e as novas configurações familiares têm levado grupos a buscar novas formas de moradia pró-independência, sustentabilidade e qualidade de vida.
Imagine um lar amigável para quem já chegou ou caminha para idade madura, em que o indivíduo é convidado diariamente a conviver com a comunidade, dividir tarefas, compartilhar a mesa e atividades lúdicas e prazerosas. Em que vizinhos se conhecem e se frequentam. Dividem muito e individualizam pouco. Em que o objetivo é favorecer a autonomia e o bem-estar.
Essa é a proposta do conceito cohousing sênior, que nada tem a ver com casas de repouso para a terceira idade ou hotéis especializados em receber esse público. O projeto consiste em um grupo que opta por abrir mão dos modelos de residência tradicionais para unir moradia individual a um espaço comunitário. Há, nesse ideal, pequenas habitações de uso particular (dormitório, minicozinha e banheiro) e uma área de uso comum com espaços de lazer, refeitório, salas de TV e lavanderias coletivas, por exemplo. Tudo em um mesmo terreno (uma gleba de terra) ou condomínio projetado para estimular o convívio, a sustentabilidade e a solidariedade.
Já é sucesso de público e crítica na Dinamarca, EUA e Espanha. Por aqui, o modelo de iniciativa privada que mais nos chama atenção é o realizado por grupo de professores aposentados da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o Vila ConViver. Diretrizes jurídicas e códigos de ética foram desenvolvidos e aprovados pelo conjunto, que conta com 54 pessoas.
Adorei a ideia!